Sinopec e EIG entregam ofertas não vinculantes pela refinaria Regap, da Petrobras
A chinesa Sinopec e a norte-americana EIG Global Energy Partners entregaram ofertas não vinculantes para a compra da refinaria Regap, da Petrobras (PETR3; PETR4), disseram três fontes com conhecimento do assunto.
Com capacidade para o processamento de 150 mil barris por dia, a Regap é a quinta maior refinaria entre as oito colocadas à venda pela estatal como parte de um plano de que visa levantar bilhões de dólares para pagamento de dívidas e aumento do foco em exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.
Localizada em Minas Gerais, a Regap é a única refinaria da Petrobras à venda na região Sudeste, a mais desenvolvida do país e coração da indústria de petróleo local. Ela faz parte de um segundo bloco de quatro refinarias colocadas à venda pela Petrobras.
A oferta marca a entrada da EIG na corrida, à medida que a empresa de private equity com sede em Washington busca aumentar sua presença no setor energético brasileiro. A Reuters havia noticiado no mês passado o interesse da EIG pela Regap.
No caso do primeiro bloco de quatro refinarias ofertadas, a Reuters noticiou em novembro que a Sinopec entregou uma oferta não vinculante pela Rlam, refinaria localizada na Bahia.
Outras empresas selecionadas para a fase de ofertas vinculantes pelo primeiro bloco de refinarias incluem a Mubadala, companhia investidora de Abu Dhabi, e as distribuidoras de combustíveis Ultrapar (UGPA3) e Raízen.
A Regap pode agregar eficiência operacional à EIG, que possui o Porto de Açu, no Rio de Janeiro. O petróleo recebido no porto poderia ser transportado por 500 quilômetros até a Regap.
A EIG também é proprietária de uma grande parcela do gasoduto Bolívia-Brasil, além de já ter feito ofertas por outros ativos da Petrobras em meio aos desinvestimentos da estatal.
A EIG recusou-se a comentar. A Sinopec não respondeu de imediato a um pedido da Reuters por comentários. A Petrobras disse que anunciará quaisquer avanços consideráveis em suas vendas de ativos por meio de comunicados ao mercado.
A compradora da Regap também receberá a infraestrutura de oleodutos que a conecta à região da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), disse uma das fontes. Possíveis conexões dali a portos da região, como Açu, estão sendo estudadas, acrescentou a fonte.
As brasileiras Raízen e Ultrapar também analisavam a Regap, mas não ficou claro se elas também entregaram ofertas.