Sindicato recomenda rejeição de nova oferta da Vale no Canadá
Um sindicato que representa os trabalhadores da mina de níquel da Vale (VALE3) em Sudbury, Canadá, recomendou que seus membros em greve rejeitem a última oferta da empresa brasileira, dizendo que ela oferecia “melhorias mínimas”.
Os 2.500 trabalhadores da mina cruzaram os braços em 1º de junho, reclamando dos planos de cortes de benefícios médicos e de saúde para aposentados, bem como aumentos salariais mínimos.
“A Vale quer reduzir o padrão de vida dos aposentados em nossa comunidade”, disse o presidente da United Steelworkers Local 6500, Nick Larochelle, em um comunicado.
A mineradora decidiu paralisar no início do mês as atividades de níquel, cobre e cobalto em Sudbury.
Segundo o sindicato, os trabalhadores da unidade são expostos a substâncias tóxicas e perigosas ao longo de suas carreiras, e muitas vezes eles desenvolvem doenças graves e têm problemas de saúde na aposentadoria.
O sindicato disse que os trabalhadores de Sudbury deveriam votar a nova proposta ainda nesta segunda-feira.
A Vale disse estar decepcionada com a recomendação do sindicato, afirmando que sua segunda oferta tentou abordar questões que preocupam os trabalhadores, incluindo salários, pensões e benefícios pós-aposentadoria.
“A empresa e o Sindicato negociaram de boa-fé por um período de meses levando a uma oferta inicial que acreditamos, com base nessas discussões, representava as necessidades de nossos funcionários. Nossa nova oferta aborda as lacunas identificadas”, disse o diretor de operações Dino Otranto, em comunicado.
A Vale foi obrigada a parar a mina depois que os trabalhadores rejeitaram sua oferta inicial. O USW Local 6200, que representa os funcionários em sua refinaria separada de Port Colborne, favoreceu o acordo proposto.