Sindicato propõe suspensão de greve na Petrobras e fala em abertura de negociações
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) propôs a suspensão da atual greve de trabalhadores da Petrobras (PETR3; PETR4) e disse que assembleias deverão ser realizadas nas bases de sindicatos nesta quinta-feira para deliberar sobre o movimento de paralisação, segundo comunicado divulgado na véspera.
A entidade defendeu que a paralisação, que teve início em 1° de fevereiro, levou à abertura de um processo de negociação sob mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e com participação do Ministério Público do Trabalho.
A indicação de suspensão da greve vem após o TST ter declarado na segunda-feira que o movimento dos trabalhadores seria ilegítimo e ilegal, determinando retorno às atividades. A Petrobras, que vem negando efeitos da paralisação sobre a produção, exigiu ainda na segunda que os funcionários voltassem ao trabalho.
Os sindicatos, no entanto, comemoraram como vitória para o movimento uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, em audiência de dissídio coletivo, de suspender até 6 de março a dispensa pela Petrobras de empregados da fábrica de fertilizantes da companhia no Estado.
A demissão dos funcionários da unidade de fertilizantes vinha sendo apontada pela FUP como um dos principais motivadores para a greve, que previa inicialmente durar por tempo indeterminado.
“A força da greve histórica… garantiu a suspensão das demissões já em curso dos trabalhadores da Fafen-PN e a abertura de um processo de negociação”, disse a FUP em comunicado aos sindicatos filiados, visto pela Reuters.
A Petrobras disse em meados de janeiro que demitiria 396 empregados da subsidiária Araucária Nitrogenados no Paraná para hibernar a fábrica da unidade, alegando fracasso em tentativas de vender o ativo e consecutivos prejuízos.