Sindicato francês vai decidir sobre suspensão de produção em refinarias na 6ª em meio a protestos
Trabalhadores do setor de petróleo ligados à CGT podem decidir na sexta-feira sobre a suspensão da produção em refinarias da França para engrossar os protestos contra planos do governo de reforma previdenciária, disseram duas fontes sindicais.
Trabalhadores do setor de petróleo estão entre os que se uniram às maiores greves da França em décadas no início do mês, colocando o presidente Emmanuel Macron contra os poderosos sindicatos que alegam que ele está desmantelando os meios de proteção aos trabalhadores.
Até agora, foram bloqueadas as entregas de produtos refinados das refinarias, a produção não foi interrompida.
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, vai se reunir com líderes sindicais ainda nesta quinta-feira para tentar resolver o impasse.
A CGT, sindicato mais radical, informou que nada menos que a retirada da reforma previdenciária seria aceitável.
“Os líderes sindicais (CGT) realizarão uma conferência por telefone amanhã de manhã, durante a qual a suspensão da produção poderá ser proposta e decidida”, disse uma das fontes da CGT na refinaria Feyzin, da Total.
A greve no setor atinge entregas de todas as refinarias da Total na França, exceto a de Gonfreville na Normandia, que foi parcialmente suspensa em 14 de dezembro após um incêndio, disse.
A Total, que opera cinco das oito refinarias da França, disse em comunicado que suas refinarias de Grandpuits e La Mède estavam operando com capacidade mínima e a entrega de produtos havia sido suspensa pela greve.
Nas refinarias de Donges, Feyzin e Normandia, a greve foi suspensa e as entregas de produtos haviam sido retomadas na quinta-feira, acrescentou.
Outra fonte disse que os membros do sindicato da refinaria de La Mede, da Total, e os da refinaria de Lavera, da Petroineos, estão prontos para votar por uma paralisação, se for decidido por lideranças sindicais na sexta-feira.
O grupo francês do setor de petróleo, UFIP, informou na quarta-feira que cerca de 1,6% dos mais de 11.000 postos de gasolina na França estavam com falta parcial ou total de alguns derivados de petróleo refinado.