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Sindicato da Amazon planeja novas eleições no estado de NY

20 ago 2022, 20:00 - atualizado em 19 ago 2022, 10:34
Amazon
A Amazon não respondeu ao pedido de comentário da reportagem (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Após conquistar o direito de representação na empresa, um sindicato de um armazém da Amazon (AMZO34) em Staten Island vai apresentar uma petição para conduzir eleições em outra unidade da companhia próxima a Albany, no estado de Nova York.

Heather Goodall, a principal organizadora do grupo de trabalhadores afiliados à Amazon Labor Union, disse, em entrevista, que ela e seus colegas pedirão formalmente às autoridades federais que realizem uma eleição em seu armazém, chamado ALB1, ainda nesta terça-feira.

O conselho nacional de relações trabalhistas, que supervisiona a organização dos pleitos, requer que os colaboradores reúnam o apoio de, ao menos, 30% da força de trabalho para convocar a votação.

Goodall não quis divulgar quantas assinaturas ela e seus colegas coletaram, mas disse estar certa de que o grupo atingiu o mínimo.

A Amazon não respondeu ao pedido de comentário da reportagem.

Goodall, que atua no armazém desde fevereiro, disse que a Amazon é uma empresa abusiva e intimidadora, e que ela e seus colegas estão atrás de salários melhores dentre outras melhorias nas condições de trabalho.

“Precisamos nos opor e dizer que não vamos tolerar esse tipo de abuso”, disse a sindicalista, acrescentando que ela e os demais membros da organização planejam realizar uma entrevista coletiva em uma repartição regional do conselho perto de Albany na quarta-feira.

O sindicato obteve uma vitória histórica no armazém JFK8, em Nova York, no mês de abril, e em seguida perdeu uma outra eleição em uma unidade menor, do outro lado da rua, algumas semanas depois.

Na ALB1 em Schodack, perto da capital do estado, Albany, Goodall e outros líderes discutem a sindicalização com colegas de trabalho há meses.

Ela entrou em contato com a Irmandade Internacional de Caminhoneiros e Varejo Atacadista, além do Sindicato de Lojas de Departamentos, antes da decisão de junho que juntou o grupo ao Sindicato dos Trabalhadores da Amazon.

Com sede em Seattle, a Amazon conseguiu manter os sindicatos fora de seus quadros nos EUA por mais de 25 anos, e agora luta para que a votação da JFK8 seja cancelada.

Em um documento ao conselho de relações trabalhistas, a Amazon disse que ele, por várias vezes, “falhou em proteger a integridade e a neutralidade de seus processos” ao virar as costas para votantes.

Durante audiências realizadas em junho e julho, ambos os lados apresentaram provas a um funcionário do conselho em Phoenix.

A instituição ainda não se pronunciou sobre as objeções da Amazon.

A menos que a Amazon consiga vencer, ela terá que iniciar negociações contratuais que potencialmente podem prejudicar sua capacidade de ajustar os requisitos de trabalho e o agendamento em tempo real.

Os trabalhadores do sindicato disseram que querem aumentos, bem como melhores benefícios e condições de trabalho.

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