Sinal verde para fusão da 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3): Santander vê rendimentos fortes e dividendos pela frente

Acionistas da 3R Petroleum (RRRP3) e da Enauta (ENAT3), em suas respectivas assembleias gerais extraordinárias (AGE), aprovaram a fusão entre as companhias. A união das petroleiras júniores foi anunciada em maio, após aprovação do conselho de administração da Enauta.

Nas últimas semanas, as empresas vinham tentando agendar as AGEs necessárias, contudo, devido à falta de quórum (quantidade mínima obrigatória de membros presentes ou formalmente representados), ocorreram apenas na quarta-feira (26). O negócio precisa passar pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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O Santander estima que a fusão seja concluída em um período de 30 a 60 dias, após o cumprimento de certas condições e do direito de retirada da Enauta.

Para os analistas do banco, é improvável a criação de uma estrutura de lock-up (período em que os investidores não podem vender as ações de uma empresa) para grandes acionistas.

Apesar disso, enxergam a nova companhia — que resultará da fusão — oferecendo valor significativo a ser capturado e rendimentos fortes que poderiam compensar o risco pendente.

O Santander destaca alguns pontos sobre o negócio:

• portfólio atrativo e diversificado de ativos, com exposição onshore e offshore;
• forte rendimento FCF (fluxo de caixa livre) para o fim de 2025, de ~45%, que pode ser menor dependendo do novo plano estratégico da empresa, embora provável que alto; e
• potencial de pagamento de dividendos. O Santander reitera 3R e Enauta como principais escolhas na América Latina, apontando que ambas as ações oferecem vantagens semelhantes neste momento.

“Embora acreditemos que seja improvável que os acionistas da Enauta e da 3R concordem com uma estrutura de lock-up, dadas as divergências nas estratégias entre os acionistas, acreditamos que muitos investidores estão olhando para o potencial de valorização de longo prazo, embora também acreditemos que seja improvável que os acionistas venderiam as suas ações de forma desorganizada (ou seja, no mercado)”.

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