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Silvergate, banco ‘amigo das criptomoedas’, enfrenta investigações da SEC e pode quebrar

02 mar 2023, 10:37 - atualizado em 02 mar 2023, 10:37
Silvergate criptomoedas
O banco também deixa o mercado de criptomoedas em alerta ao anunciar que, ainda devido as perdas, corre o risco de não ficar mais operacional (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

O Silvergate, um dos maiores bancos que servem como meio de pagamentos e intermediário para empresas e corretoras do setor de criptomoedas, adiou nesta quarta-feira (2) a divulgação de seus resultados do quarto trimestre de 2022.

O pedido de adiamento da apresentação de seus resultados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), ou arquivamento regulatório, o Silvergate disse que perderia o prazo de 16 de março por causa de perdas ainda maiores que estariam por vir.

O motivo, segundo o banco, seria a venda de títulos de dívida adicionais em janeiro e fevereiro, de forma a esperar registrar mais perdas nos próximos meses.

“Essas perdas adicionais afetarão negativamente os índices de capital regulatório da empresa e de sua subsidiária integral, o Silvergate Bank, e podem resultar que tanto a empresa quanto o banco fiquem menos do que bem capitalizados”, afirmou a empresa em sua solicitação de adiamento.

O banco também deixa o mercado de criptomoedas em alerta ao anunciar que, ainda devido às perdas, corre o risco de não ficar mais operacional. Alguns analistas já especulam insolvência e até a falência do banco.

“Além disso, a empresa está avaliando o impacto que esses eventos subsequentes têm sobre sua capacidade de continuar operando nos doze meses seguintes à emissão de suas demonstrações financeiras”, disse.

Alguns pontos levantados pelo Silvergate, sobre os motivos do baque tão grande foi o período de baixa do mercado durante o ano passado, a falência de grandes empresas, algo que prejudicou a confiança no setor, e uma supervisão regulatória mais rígida dos bancos que oferecem serviços de ativos digitais.

O banco está sendo investigado pela SEC desde o começo do ano, devido a possíveis atividades suspeitas envolvendo contas de Sam Bankman-Fried, o ex-CEO da FTX.

A investigação busca entender como ponto principal a extensão da culpa dos bancos de intermediação na fraude da corretora cripto, e se cabia a ele avisar e reportar atividades suspeitas aos órgãos responsáveis.