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Siemens avalia comprar 8% da empresa espanhola de energia Iberdrola

25 nov 2019, 14:43 - atualizado em 25 nov 2019, 14:43
Siemens
A decisão de adquirir o restante das ações em circulação da Siemens Gamesa também seria possível em uma data posterior, disseram as pessoas (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)

A Siemens avalia comprar a participação de 8% da Iberdrola na fabricante de turbinas eólicas Siemens Gamesa Renewable Energy para elevar seus investimentos em energia, de acordo com pessoas a par do assunto.

A Siemens poderia pagar um prêmio de 720 milhões de euros (US$ 793 milhões) em relação ao valor atual, o que elevaria a fatia para cerca de 67%, disseram duas das pessoas, que não quiseram ser identificadas porque o assunto é confidencial.

A decisão de adquirir o restante das ações em circulação da Siemens Gamesa também seria possível em uma data posterior, disseram as pessoas. Nenhuma decisão foi tomada e não há certeza de que as deliberações possam levar à compra, disseram.

Representantes da Siemens e Iberdrola não quiseram comentar. Uma porta-voz da Siemens Gamesa disse que não poderia fazer comentários imediatos.

A Siemens planeja a separação de sua unidade de energia e gás – chamada Siemens Energy -, que terá uma participação de 59% na Siemens Gamesa. A aquisição de todo o capital da Siemens Gamesa simplificaria a operação e a estrutura da futura separação da unidade.

O CEO da Siemens, Joe Kaeser, disse em entrevista no início do mês que pretende eliminar cerca de 75% da divisão de energia ao longo do tempo. A unidade de energia e gás é a maior divisão da Siemens em termos de receita, mas possui a menor margem de lucro.

A empresa enfrenta há anos uma queda nos pedidos globais de usinas termelétricas.

Kaeser separou várias unidades do grupo nos últimos anos, incluindo energia renovável e assistência médica. Em 2016, a Siemens e ex-rival Gamesa Corp Technologica fecharam um acordo que uniu as operações de turbinas eólicas da gigante alemã com as da empresa espanhola em troca de uma participação.

A parceria nem sempre foi tranquila, com sinergias aquém do necessário para compensar os preços mais baixos das turbinas, o aumento da concorrência e a queda da demanda.

Os atritos vieram à tona no fim de 2017, quando o presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, disse: “Não podemos estar felizes com uma empresa cujo valor diminuiu mais de 50% em seis meses”.

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