Siderúrgicas: “Muito barulho por nada”, diz BTG, sobre corte de tarifas de importação de aço
Após acompanhar a coletiva de imprensa da Gecex, o comitê executivo da Câmara de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério da Economia, o BTG Pactual considerou que toda a reação causada pela redução das tarifas de importação de produtos siderúrgicos é “muito barulho por nada”.
Segundo o banco, o tom da Gecex ficou dentro do esperado, e a coletiva não trouxe nenhuma surpresa. “Mantemos nossa visão de que as medidas deverão ter um impacto imaterial para a indústria siderúrgica brasileira”, afirma.
A instituição acrescenta que o recente rali de venda de papéis de siderúrgicas, motivado pelo medo dos investidores dos possíveis impactos da medida, foi exagerado. “Continuamos a acreditar que as revisões de ganhos são mais prováveis que as de perdas no cenário atual.”
O banco também considera “altamente improvável” as estimativas do mercado de que as menores tarifas de importação proporcionarão uma queda entre 10% e 20% nos preços dos produtos siderúrgicos nos próximos trimestres.
Para o BTG Pactual, “embora a medida deva limitar novos aumentos de preço no curto prazo, acreditamos que ajudará muito pouco a reduzir os níveis atuais de preço”.
Siderúrgicas tentam reverter decisão sobre aço
Produtores de aço reuniram-se nesta terça-feira (10) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar convencer o governo a ignorar pleito do setor da construção civil para redução do imposto de importação de vergalhões, disse a entidade que representa as siderúrgicas do país, Aço Brasil.
Na véspera, fonte com conhecimento do assunto afirmou que o governo federal avaliava zerar o imposto de importação que incide sobre onze produtos alimentícios e do setor de construção, “incluindo o aço”.
Mas na tarde desta terça-feira, executivos do Aço Brasil afirmaram, após reunião com Guedes, que a discussão no governo sobre o Imposto de Importação envolve apenas o vergalhão e que se trata de redução de 10,8% para 4% até o final deste ano.
Segundo a entidade, o Brasil é um dos países que menos reajustaram o preço do vergalhão no mercado interno nos últimos 12 meses e que os consumidores do produto, notadamente empresas do setor da construção civil, estão plenamente abastecidos desde meados do ano passado.
(Com Reuters.)
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