Siderurgia: expectativas dos resultados do 3º trimestre são muito positivas para CSN e Usiminas, diz Planner
A Planner está confiante com o setor de siderurgia, mostra relatório enviado a clientes.
Para o analista Luiz Francisco Caetano, que assina o documento, os volumes vendidos de aço estão retornando aos níveis pré-pandemia, com os preços da commodity registrando altas desde junho.
Dessa forma, a corretora elevou o preço-alvo da CSN (CSNA3) para R$ 17, potencial de valorização de 2%, e Usiminas (USIM5) para R$ 11.
“Vale a ressalva que depois da forte valorização das ações do setor este ano, qualquer revisão não mostrará grandes espaços para ganho”, afirmou.
No caso da CSN, o analista destaca que as vendas de aços planos estão com sua recuperação mais atrasadas que de longos. Porém, o fechamentos de fornos nas duas maiores siderúrgicas deixaram o mercado com baixos estoques.
“Os grandes consumidores de aços planos (indústria automobilística e linha branca) ainda não voltaram suas produções para os patamares anteriores à crise. Por outro lado, embalagens e distribuição estão com vendas aquecidas”, afirmou.
O maior volume produzido pela CSN é de planos, onde a empresa vem se beneficiando da retomada da demanda e, principalmente, das elevações de preços.
No terceiro trimestre, já foram realizados aumentos em julho (10%) e em setembro (12%), sendo possível um novo acréscimo em outubro.
Na mineração, destaca Caetano, seguem os planos de exportar este ano entre 33 e 36 milhões de toneladas.
“As cotações elevadas do minério de ferro, acima de US$ 120 por tonelada, juntamente com a taxa de câmbio elevada, devem permitir mais ganhos de rentabilidade neste segmento”, disse.
Em cimento, o impacto do auxílio do governo na construção está levando à falta do produto.
“Com isso, as expectativas para o resultado do terceiro trimestre são muito positivas para a CSN”, afirma.
Mais cedo, o conselho de administração da empresa autorizou a CSN a tomar as medidas necessárias para realizar uma oferta inicial de ações da sua unidade de siderurgia.
“Acreditamos que se houver este IPO, isso poderia destravar um valor importante para os acionistas da CSN”, acrescentou.
Usiminas
Para a Usiminas, o analista vê um aumento na disponibilidade de produtos para a venda, diminuição das despesas com a parada dos equipamentos e maior diluição dos custos fixos, o que levará a uma melhor rentabilidade.
Os preço altos do minério de ferro, combinado com a alta do dólar, “devem permitir um aumento expressivo na rentabilidade deste segmento no segundo semestre”, diz ele.
O volume das vendas de minério de ferro também deve crescer, fechando o ano com um incremento de 1,6% em relação a 2019, prevê.
Em agosto, a Usiminas reativou os equipamentos parados em abril (Alto Forno número 1 e Aciaria 1 da usina de Ipatinga + laminações de Cubatão), que foram paralisados pela forte redução na demanda com a pandemia.