Siderurgia: apesar da melhora do setor, ainda é bom ficar de fora
Após o baque visto em abril, o setor de aço brasileiro parece ter, de fato, deixado o pior para trás. De acordo com o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o mercado caminha para uma recuperação.
No primeiro semestre do ano, a produção de aço bruto registrou queda de 17,9% no comparativo anual, totalizando 14,2 milhões de toneladas. O recuo nos números se deve à paralisação de 13 altos-fornos em razão da pandemia de covid-19.
As vendas internas do período encolheram 10,5%, com maior retração observada nos produtos planos, como chapas e bobinas para a indústria automotiva. Já o segmento de materiais longos demonstra certa resiliência apoiada pelo setor de construção civil.
“No futuro, a demanda por aços longos deve continuar superando os planos, embora o fim do apoio governamental no segundo semestre de 2020 possa pesar em uma recuperação mais forte da demanda”, projetaram os analistas da Ágora Investimentos, Thiago Lofiego e José Cataldo.
As ações das empresas siderúrgicas já refletem a recuperação dos volumes e preços em 2020 e 2021. Por isso, a corretora manteve a recomendação neutra para Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5). Em relação à CSN (CSNA3), a Ágora sugere a venda do papel.