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Shoppings vão às compras e vendem mais do que antes da Covid-19

29 dez 2022, 11:00 - atualizado em 23 dez 2022, 19:08
Shoppings exibiram recuperação em 2022 com retomada da economia após a pandemia e movimentaram setor com compras (Imagem: Pixabay/StockSnap)

No primeiro ano pós-pandemia em pleno funcionamento, os shoppings apresentaram números acima do registrado em 2019, período pré-covid, indicando recuperação do setor.

Com a retomada da economia, as principais empresas do setor listadas na B3 apresentaram avanço nas receitas em meio à aceleração do nível de vendas. Elas ainda registraram aumento da taxa de ocupação de lojistas, refletindo em alta das receitas com aluguéis e de estacionamento na comparação, também, com os resultados de 2021.

Fusões e aquisições

O ano de 2022 levou shoppings às compras. Após alguns anos parado, o setor fez uma das maiores movimentações de fusões e aquisições (M&A) do ano.

Em uma negociação que durou meses, Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3) anunciaram no meio do ano a combinação de negócios com o objetivo de criar uma nova companhia, avaliada em R$ 12 bilhões.

A operação recebeu sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e será concluída no início de janeiro de 2023.

Shoppings compram fatias

As concorrentes também se movimentaram nos últimos 12 meses. Enquanto a BR Malls começou a vender ativos em processo de fusão com a ALSO3, a Iguatemi (IGTI11) comprou a fatia que faltava e passou a deter 100% do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, por R$ 667 milhões.

A Multiplan (MULT3), por sua vez, adquiriu a fatia restante, de 49,9%, do DiamondMall, em Belo Horizonte, que pertencia ao Atlético Mineiro.

O shopping foi desenvolvido em um terreno arrendado do clube de futebol e, em 2017, o Galo vendeu 50,1% para a Multiplan, por R$ 296,8 milhões à época. A empresa administra o DiamondMall desde a sua inauguração, em 1996. A operação ainda depende da aprovação do Cade.

Desempenho de shoppings na bolsa

Apesar do bom desempenho operacional de ALSO3, BRML3, IGTI11 e MULT3 no ano, analistas viram os preços das ações dessas empresas descontados.

Entretanto, bancos e casas de análises destacaram preferência por shoppings de alto padrão e com portfólio de qualidade, como Iguatemi e Multiplan, que se mostraram resilientes ao cenário pós-Covid e macroeconômico, com alta da taxa de juros e da inflação.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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