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Shoppings não são mais para compras: MULT3, ALOS3 e IGTI11 avaliam o futuro do setor

29 ago 2024, 8:42 - atualizado em 29 ago 2024, 8:45
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As principais empresas de shoppings do país participaram nesta quarta-feira (29) do evento organizado pelo Santander. (Imagem: Unsplash/Christian Wiediger)

O setor de shoppings no Brasil mostrou que deixou para trás o temor da mudança de comportamento do consumidor. Mesmo em meio às incertezas fiscais, projeções de inflação desafiadoras e uma política monetária mais contracionista nos próximos meses, o setor tem sido resiliente.

Para além das compras, os executivos da Multiplan (MULT3), Allos (ALOS3) e Iguatemi (IGTI11) avaliam que o hábito do brasileiro em estar nos shopping centers do país não só se manteve pós-pandemia, como aumentou, seguindo uma tendência diferente do restante do mundo, principalmente no maior polo de consumo, os Estados Unidos. Isso porque os shoppings deixaram de ser apenas um local de compras por aqui e passou a agregar valor aos clientes com experiências.

Durante painel realizado no segundo dia da 25ª Conferência Anual Santander, nesta quarta-feira (28), Cristina Betts, CEO do Iguatemi, explica que o público “triple A” tem priorizado experiências ao simples ato de comprar algum item e os shoppings, na visão dela, conseguem oferecer isso. “Eu posso comprar de qualquer lugar e a qualquer momento, não é mais isso que conta”, diz.

Para Rafael Sales, CEO da Allos, o setor soube se adaptar rápido às mudanças e acrescentou que os shoppings no Brasil possuem uma vantagem que são lojas maiores onde as pessoas conseguem ir, provar e testar aquilo que elas querem comprar.

Os executivos citam, principalmente, os programas de fidelidade de cada shopping como uma ferramenta de aproximação com o público e que, de início, não sabiam se dariam certo.

“A gente não sabia se ‘selinhos’ seriam uma boa ideia para o público do Iguatemi e deu muito certo. Vimos clientes saindo com carrinhos de supermercados com faqueiros, panelas e diversos brindes. Virou um jogo, é um benefício que ‘pegou'”, conta Betts durante a sua participação na conferência.

Na Multiplan não foi diferente. Com um aplicativo único que junta todos os shoppings da rede, o “MULTI”, os clientes começaram a juntar pontos para trocar por produtos de parceiros e até experiências em lugares fora do próprio shopping.

“Para nós é importante levar comodidade para além da estrutura do shopping. É conseguir uma noite em um hotel, uma massagem em um outro estabelecimento”, explica Armando D’almeida Neto, vice-presidente e CFO da Multiplan.

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Neto cita ainda a importância de programas como esse para entender melhor o cliente do shopping, a forma como ele consome e o que é mais importante para cada tipo de consumidor.

Sobre crescimento, entendem que não há tanto espaço para greenfield — ou seja, um projeto realizado a partir do zero — no momento, mas que contam com a possibilidade de aumento nos aluguéis, uma vez que as lojas estão indo bem, com volume grande de vendas.

Outro fator que auxilia os shopping centers são os fundos imobiliários que são um “instrumento moderno” que consegue dar maior liquidez ao setor e ajudam na captação para novos ativos, parcerias ou até mesmo reformas nos imóveis.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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