Shopee está com os dias contados com maior tributação?
Com a expectativa do governo criar uma MP (Medida Provisória) para aumentar a taxação de produtos vendidos em aplicativos cross-border, ou seja, com atividade comercial vinda de outros países — como é o caso da Shopee, Shein, AliExpress e Wish —, a XP divulgou relatório sobre o possível impacto nas ações de varejo.
O possível aumento da tributação é uma demanda das varejistas brasileiras, que pedem maior fiscalização dessas plataformas, para conter sua escalada impulsionada principalmente pela alta competitividade de preço oferecido.
Entretanto, o relatório destaca que a medida pode ter uma receptividade positiva ou negativa, a depender do ângulo analisado.
Medida pode ser impopular em ano de eleições
Segundo o relatório, os principais desafios para a implementação da medida e que a tornam potencialmente impopular são a redução do poder de compra já pressionado do consumidor médio brasileiro e os desafios na fiscalização pelo lado da Receita, visto que apenas o Shopee foi responsável de 140 milhões de pedidos no 4º trimestre (média de 1,5 milhão ao dia).
“Nosso time de política confirmou que de fato há alguma resistência à medida por conta do primeiro ponto, enquanto uma solução para o segundo seria tributar a compra direto no site. Do lado popular, a medida daria fôlego aos varejistas e indústrias brasileiras, o que poderia potencializar a geração de renda/emprego no país”, explica.
Varejistas da moda serão as mais beneficiadas
Caso a Medida Provisória avance, os analistas da XP observam as varejistas de moda como as mais beneficiadas.
O impacto positivo é visto como mais estrutural para varejistas de moda, uma vez que o modelo de negócio da Shein é essencialmente baseado em importação enquanto seu baixo preço é um diferencial importante.
“Já no caso de Shopee, acreditamos que o possível aumento de tributação aumentaria o foco da companhia em acelerar a captação de vendedores locais, que já ultrapassam 2 milhões e representam mais de 85% das vendas do marketplace”, coloca.
O relatório destaca que a XP segue cautelosa com as empresas de e-commerce, com uma visão mais construtiva para a Lojas Renner (LREN3).
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