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Shell fará baixa contábil de até US$ 22 bi após impactos do coronavírus

30 jun 2020, 11:43 - atualizado em 30 jun 2020, 11:43
Shell
O movimento da Shell segue-se a uma decisão da BP de cortar 17,5 bilhões de dólares do valor de seus ativos (Imagem: Reuters/Yves Herman)

A petroleira Royal Dutch Shell disse nesta terça-feira que fará uma baixa contábil de ativos no valor de até 22 bilhões de dólares após a crise de coronavírus ter atingido a demanda por petróleo e gás e enfraquecido as perspectivas para os preços.

Os “impairments” vêm depois de a companhia anglo-holandesa decidir apostar na transição energética e reduzir suas emissões líquidas de carbono a zero até 2050, conforme planos apresentados pelo presidente da empresa, Ben van Beurden, em abril.

Restrições globais a viagens que visaram prevenir a disseminação do vírus chegaram a afetar mais de 4 bilhões de pessoas em determinado momento, tirando automóveis das ruas e deixando aviões parados, o que fez despencar a demanda por combustíveis.

A Shell, líder global de vendas de combustíveis no varejo, disse esperar queda de 40% nas vendas no segundo trimestre quando na comparação com mesmo período do ano anterior, para 4 milhões de barris por dia (bpd).

A projeção, no entanto, é melhor que uma estimativa anterior da empresa, de recuo para 3,5 milhões de bpd.

A Shell, que tem um valor de mercado de 126,5 bilhões de dólares, informou que fará uma baixa contábil por “impairment” de entre 15 bilhões e 22 bilhões de dólares no segundo trimestre, em valores já após impostos.

Os ajustes estão relacionados a grandes operações de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Austrália e a ativos de produção de petróleo e gás no Brasil e em áreas de “shale” nos Estados Unidos.

O movimento da Shell segue-se a uma decisão da BP de cortar 17,5 bilhões de dólares do valor de seus ativos, à medida que a companhia responde à crise do coronavírus e também mira transição para energia de baixo carbono.

A Shell já havia respondido à crise da pandemia com corte de seus dividendos pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial e de investimentos para o máximo de 20 bilhões de dólares, de 25 bilhões anteriormente.

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