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Shell e Equinor miram ativo de gás de xisto na Argentina, afirmam fontes

22 jan 2020, 10:43 - atualizado em 22 jan 2020, 10:43
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O interesse da Shell, com sede em Haia, e da norueguesa Equinor chega em um momento crítico para a nascente indústria de gás de xisto da Argentina (Imagem: Unsplash/@nich0lasvictor)

A Royal Dutch Shell e a Equinor negociam expandir sua presença em Vaca Muerta, a nascente reserva de gás de xisto na Argentina, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

As duas grandes petroleiras pretendem comprar em conjunto a participação de 49% no campo Bandurria Sur, atualmente controlada pela Schlumberger, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

A provedora de serviços de petróleo comprou a fatia no Bandurria Sur em 2017, mas no ano passado disse que queria vender a participação. A estatal de petróleo argentina YPF detém uma participação operacional de 51% no ativo.

O interesse da Shell, com sede em Haia, e da norueguesa Equinor chega em um momento crítico para a nascente indústria de gás de xisto da Argentina.

Os recursos em Vaca Muerta têm potencial de rivalizar com reservas como a Bacia do Permiano nos Estados Unidos, mas o avanço da reserva da Patagônia esbarra em gargalos de infraestrutura, mudanças bruscas de subsídios do governo e no risco-país, em alta devido à volatilidade política e à reestruturação iminente da dívida soberana.

As perfurações estão em queda por causa do controle dos preços do petróleo e da gasolina, em uma tentativa do governo de segurar a inflação. Sindicatos que representam petroleiros também estão mais assertivos.

Produtores de petróleo aguardam mais clareza sobre política do novo presidente argentino Alberto Fernández, que se encontrou com empresas do setor na semana passada, incluindo a Shell, e prometeu uma legislação especial.

O presidente do conselho da YPF, Guillermo Nielsen, disse na terça-feira que o projeto de lei procura atrair investimentos para o gás de xisto com sua “desvinculação” do risco argentino.

A Schlumberger anunciou que venderia a participação no Bandurria Sur em setembro como parte de um programa de desinvestimento mais amplo em ativos de produção, uma tentativa da empresa de diversificar seu carro-chefe, a prestação de serviços.

O diretor-presidente da Schlumberger, Olivier Le Peuch, disse em teleconferência na semana passada que a empresa espera fechar a venda do Bandurria Sur neste trimestre.

Bandurria Sur é uma das três principais áreas de gás de xisto da YPF. As outras duas são joint ventures com a Chevron e com a Petronas, da Malásia. Atualmente, a produção no Bandurria Sur é de cerca de 10,3 mil barris por dia e, em uma década, alcançará 58 mil barris, de acordo com apresentação aos investidores da YPF.

Porta-vozes da Equinor, Schlumberger, Shell e YPF não quiseram comentar as negociações.

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