Varejo

Shein: Veja a reposta da empresa aos varejistas nacionais

13 jul 2023, 16:21 - atualizado em 14 jul 2023, 10:20
Shein
Claure rebateu que vantagem competitiva da Shein seja isenção de imposto (Imagem: Divulgação/Shein)

As manifestações do varejo nacional acerca dos e-commerces estrangeiros aparentam não incomodar em nada a Shein. Nesta quinta-feira (13), o presidente do conselho da varejista para América Latina, Marcelo Claure, informou ao Valor Econômico que o plano de nacionalizar a produção de peças no Brasil já conta com 164 fábricas parceiras.

Até 2026, o plano é de nacionalizar 85% da produção. Das 164 fábricas, 114 já estão produzindo peças feitas no Brasil.

Ao Valor, Claure rebateu ainda as críticas do varejo nacional acerca da isenção do imposto de importação para produtos de até US$ 50, benefício este que a Shein irá usufruir.

“Para os varejistas a vantagem competitiva da Shein é imposto, mas isso é completamente equivocado, pois o diferencial é o modelo de negócios”, comentou o executivo ao periódico. Claure já explicou anteriormente que o modelo de produção da empresa é sob demanda. “Temos somente 2% de inventário”, frisou.

Sobre a adesão ao programa “Remessa Conforme” — exigência para usufruir da isenção do imposto —, Claure comentou ao jornal que se trata de uma forma de ter regras mais claras para o varejo online. “É ótimo que o governo acelere tudo isso”, afirmou.

Posicionamento do varejo nacional

As determinações acerca dos tributos aplicados em varejistas estrangeiras, como a Shein, continuam dando o que falar. Com isso, segue firme a disputa entre as determinações do governo e o varejo brasileiro.

A publicação da Portaria 612/2023, em 30 de junho, zerou a alíquota no Imposto de Importação para compras de até US$ 50, aplicável para envios feitos por pessoas físicas ou jurídicas, a partir de 1º de agosto. O IDV (Instituo para Desenvolvimento do Varejo) classifica a determinação como “extremamente grave”.

“Essa medida está causando preocupação no setor, que se prepara para uma onda de demissões e fechamentos de lojas, penalizando as empresas nacionais, de todos os portes, que geram empregos formais e pagam seus impostos”, disse em nota.

O instituto, que reúne mais de 60 empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas, defende que exista igualdade em relação às facilidades de benefícios fiscais.

Ele também destaca que, se mantida a tributação federal zerada sobre as importações, é preciso, ao mesmo tempo, aplicar a redução da incidência tributária no comércio nacional para o mesmo patamar, ou seja, zero.

“É importante ressaltar a desigualdade presente nesse cenário. Enquanto uma compra feita por meio de plataforma digital de venda cross-border será tributada em 17%, a indústria e o comércio brasileiros continuarão sujeitos a uma carga fiscal que varia de 80% a 130% em toda a sua cadeia produtiva e de distribuição”, argumentam.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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