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Shein, Shopee e e-commerces que se cuidem: Chegada da Temu aumenta concorrência no varejo, segundo XP

07 jun 2024, 12:10 - atualizado em 07 jun 2024, 12:10
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A Temu começou suas vendas no Brasil na quinta-feira (6), ofertando promoções de até 90% em seu aplicativo. (Imagem: REUTERS/Florence Lo/Ilustração)

Temu chegou oficialmente ao Brasil e as varejistas nacionais e internacionais que se cuidem, porque a expectativa é de que a concorrência no setor aumente ainda mais.

Segundo relatório da XP, assinado pelos analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, destaca que o lançamento da plataforma no Brasil é um risco mais direto para os marketplaces, enquanto as varejistas de vestuário de média e baixa renda também podem ser afetados, já que o site conta com uma categoria de vestuário mais atrativa.

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“No entanto, acreditamos que o imposto de importação recentemente aprovado sobre compras internacionais abaixo de US$ 50 deve reduzir a competitividade dos preços nas plataformas internacionais, mas ainda estará longe de fechar a lacuna da carga tributária dos players locais”, afirma.

Comparando a Temu com pares locais no quesito preço, embora a empresa chinesa tenha os descontos mais agressivos, seus preços nos SKUs — Unidade de Manutenção de Estoque — mapeados (vestuário, cozinha e eletrônicos) não são necessariamente os mais baixos, com Shopee e Shein sendo os líderes de preço em alguns produtos.

Além disso, as empresas que já atuam no Brasil contam com prazos de entrega mais rápidos, provavelmente refletindo sua operação de fornecedores local mais desenvolvida.

“O sortimento atual da plataforma é composto majoritariamente por SKUs internacionais distribuídos em +30 categorias, o que está em linha com nossa visão de que a Temu está se posicionando como um marketplace horizontal, mais próxima do modelo da Shopee, embora com ofertas de vestuário/calçados mais evidentes”, diz o relatório.

Quem é a Temu?

A Temu é um e-commerce chinês, fundado em 2022 e conhecido por vender diversos objetos, desde roupas a móveis, e realizar a venda por um preço mais baixo do que o de seus concorrentes.

Para conseguir o feito, a empresa encarrega aos usuários o pagamento de taxas aos serviços de postagem dos países em que a Temu atua, além de enviar produtos diretamente da China, reduzindo os estoques em outras nações.

Antes mesmo de começar suas operações aqui no Brasil, a empresa entrou na lista de empresas certificas no Programa Remessa Conforme (PRC), que oferecia isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50 em empresas habilitadas, tendo incidência de 17% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A Temu começou suas vendas no Brasil na quinta-feira (6), ofertando promoções de até 90% em seu aplicativo como comemoração à inauguração da plataforma.

Money Times simulou uma compra no aplicativo, cujo pedido mínimo é R$ 75,00 e com o Pix sendo uma das opções de pagamento. Uma compra de R$ 295,97 apresenta desconto promocional de 90%, em razão da inauguração da varejista, chegando a R$ 67,00.

Entretanto, esse não é o valor final, já que é incluso o ICMS na compra. Nesse caso, o valor de impostos foi de R$ 13,73, chegando a R$ 80,73, com frete grátis e entrega pelos Correios.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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