Shein, Shopee e AliExpress: Taxação foi a pior notícia do Governo Lula, mostra pesquisa
O anúncio da medida provisória que visava acabar com a regra que isenta de imposto as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250) repercutiu negativamente para o Governo Lula.
Em meio à repercussão nas redes sociais, falhas na comunicação e envolvimento da primeira-dama, Janja, o Governo recuou, mas o estrago já estava feito.
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Pesquisa da Genial/Quaest realizada entre 13 e 16 de abril mostra que 16% dos entrevistados avaliam a notícia da taxação das varejistas estrangeiras, como Shein, Shopee e AliExpress, como a pior do Governo.
Com isso, a taxa de aprovação do presidente também caiu. Segundo a pesquisa, o governo de Lula é aprovado por 36%, enquanto 29% afirmaram ser regular e 29% negativa. Não sabem ou não responderam foram 6%.
Em contrapartida, na primeira avaliação do governo, realizada em fevereiro, a taxa de aprovação era de 40%, 24% regular e 20% negativo.
A pesquisa ouviu 2.015 pessoas, pessoalmente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Shein, Shopee e AliExpress: o que irá acontecer agora?
Na terça-feira (18), após forte pressão popular, foi anunciado que, a pedido do próprio Lula, o fim da isenção de imposto para pessoas físicas não irá acontecer.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a equipe econômica apresentará uma solução administrativa para combater o contrabando no comércio eletrônico. Segundo ele, a medida vai contar com o apoio dos Correios e será anunciada até o fim de maio.
“Temos oito meses para achar uma solução administrativa que atenda ao pedido do presidente da República sem prejuízo de combate ao contrabando”, disse Haddad a jornalistas no Congresso.
“Mas garanto que até o fim de maio vamos apresentar uma solução administrativa para corrigir essas distorções, contando inclusive com o apoio dos Correios, que é o caminho pelo qual essas encomendas chegam ao Brasil”, acrescentou o ministro.
Falha na comunicação gerou desgaste
O anúncio da medida rapidamente ganhou força nas redes sociais, com reclamações populares acerca do encarecimento de compras vindas de varejistas estrangeiras, especialmente Shein, Shopee e AliExpress.
No primeiro comunicado divulgado pela Receita Federal, foi dito que nunca houve isenção de US$ 50 para comércio eletrônico.