Shein, Shopee e Aliexpress na mira de Haddad? Ministro fala em arrecadar R$ 8 bilhões com combate ao contrabando
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira (3) que, entre as medidas para elevar a arrecadação do governo federal, o combate ao contrabando no comércio eletrônico deve gerar uma receita de até R$ 8 bilhões por ano.
Questionado por jornalistas se o projeto mira em lojas online chinesas, como Shein e Aliexpress, Haddad não mencionou as empresas que serão afetadas pela medida, mas afirmou que quem não está pagando imposto, terá que pagar.
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“O problema todo é o contrabando. O comércio eletrônico faz bem para o país, estimula a concorrência, o que nós temos que coibir é o contrabando, porque está prejudicando muito as empresas brasileiras que pagam impostos”, disse.
“Todas as empresas podem operar no Brasil, o que não pode é fazer uma concorrência desleal com quem tá pagando imposto aqui”, completou.
Fazenda prevê até R$ 8 bilhões por ano
Segundo o ministro, a Fazenda prevê um ganho na arrecadação federal de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões com a medida.
Ao anunciar o novo arcabouço fiscal no último dia 30, Haddad disse também que medidas complementares serão apresentadas para recompor a base fiscal do país. Segundo ele, pretende-se garantir um incremento de receitas em até R$ 150 bilhões ainda neste ano.
A taxação de e-commerces estrangeiros é uma pauta defendida pelas varejistas brasileiras desde o início de 2022.
Na última semana, Luiza Trajano, do Magazine Luiza (MGLU3), endossou o coro contra as lojas online da China e afirmou que “não tem jeito de competir se você paga 37% de imposto e o outro não paga”.