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Shein, Shopee e AliExpress: 7 em cada 10 brasileiros compram das varejistas estrangeiras

21 abr 2023, 14:00 - atualizado em 20 abr 2023, 16:36
Shein Shopee AliExpress
Shein, Shopee e AliExpress são buscadas por 72% dos consumidores (Imagem: Shutterstock/Sergei Elagin)

Shein, Shopee e AliExpress foram três nomes em alta na última semana, envolvidas no anúncio e desdobramentos da medida que daria fim à isenção de imposto. E não é para menos, visto que sete em cada 10 brasileiros buscas por estas varejistas para realizar compras, aponta pesquisa.

Conforme o mapeamento da NIQ Ebit, a qual a Folha de São Paulo teve acesso, em 2022, 72% dos consumidores optaram por estas plataformas.

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Os dados da pesquisa apontam ainda que o consumo foi impulsionado pela pandemia, sendo que, em 2019, a proporção era de 58% dos consumidores.

Os preços atrativos de varejistas estrangeiras, principalmente asiáticas, como é o caso de Shein, Shopee e AliExpress, são um dos principais fatores para a busca do público. Inclusive, a pressão para taxação promovida pelo Governo Lula preocupa consumidores neste sentido, que temem sentir as mudanças no bolso.

Shien, Shopee, AliExpress e a relação com o Governo

Tudo começou com o anúncio da medida provisória que visava acabar com a regra que isenta de imposto as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250).

A proposta foi revelada pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, ao portal UOL. Segundo a publicação, o objetivo da medida é fortalecer o combate à sonegação de impostos do comércio eletrônico. Além disso, o governo estima arrecadar cerca de R$ 8 bilhões por ano com o fim do benefício fiscal.

No entanto, governo recuou na decisão. Apesar disto, o ministro da FazendaFernando Haddad, explicou que a equipe econômica apresentará uma solução administrativa para combater o contrabando no comércio eletrônico. Segundo ele, a medida vai contar com o apoio dos Correios e será anunciada até o fim de maio.

“Temos oito meses para achar uma solução administrativa que atenda ao pedido do presidente da República sem prejuízo de combate ao contrabando”, disse Haddad a jornalistas no Congresso.

Neste cenário, nesta quinta-feira (20), o ministro da Fazenda anunciou que a Shein pretende nacionalizar 85% das vendas nos próximos quatro anos. Com isso, os produtos da marca serão feitos no Brasil.

Segundo Haddad, a varejista deve apresentar números de investimentos e geração de oportunidades no mercado brasileiro ainda hoje. Pela manhã, o ministro se reuniu com representantes do site asiático na sede da Fiesp, em São Paulo.

“É muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como um mercado consumidor, mas também como uma economia de produção”, disse o ministro, após se reunir com representantes da Shein.

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