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Shein revela o quão baratas podem ser as peças no Brasil

01 jun 2023, 16:06 - atualizado em 01 jun 2023, 16:06
Shein
O Brasil representa um dos cinco maiores mercados da Shien do mundo, segundo Marcelo Claure (Imagem: Divulgação/Shein)

Para quem se preocupou com a taxação nas compras internacionais da Shein, as peças fabricadas no Brasil podem custar o mesmo ou até menos do que as importadas da China. É o que garante o sócio e presidente da companhia no Brasil, em entrevista concedida à Folha de S. Paulo.

Marcelo Claure, presidente da varejista em toda América Latina, visa tornar o país um dos polos de produção e distribuição global da Shein. À Folha, o executivo pontou que o Brasil já tem tudo para isto, como matéria-prima, o algodão, o poliéster e o jeans.

Na entrevista, Claure explicou que o custo para produzir no Brasil pode ser menor do que na China. No entanto, ele afirma que havia o entrave do alto custo logístico para levar à roupa da Ásia até endereços brasileiros.

“As economias obtidas com a logística nos permitem pagar os custos mais altos de fabricação no Brasil, o que incluem os impostos”, disse. “As primeiras fábricas que montamos nos mostram que os custos são similares. Não precisamos mais importar algodão brasileiro, fabricar na China e exportar para o Brasil”, explicou à Folha de S. Paulo.

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Promessas da Shein já estão em prática

Segundo Claure, a Shein conta 151 fábricas trabalhando com exclusividade para a produção da varejista.

“Sou orgulhoso em dizer que, um mês depois de anunciarmos a produção local no Brasil, já temos peças brasileiras vendidas localmente”, afirmou na entrevista.

Ele destacou o Brasil como um dos cinco maiores mercados da varejista no mundo, dessa forma, atrás apenas dos Estados Unidos, Arábia Saudita, França e Inglaterra.

Investimentos no Brasil

Após o ministro da FazendaFernando Haddad, ameaçar acabar com a isenção de compras de produtos importados por pessoas físicas no valor de até US$ 50, a Shein anunciou uma série de medidas voltadas para o mercado brasileiro.

Com isso, a varejista anunciou investimentos de R$ 750 milhões no Brasil, além de nacionalização de 85% de sua operação. Ainda, assumiu o compromisso com Haddad de criar 100 mil empregos locais nos próximos quatro anos.

Com foco no mercado brasileiro, a companhia inaugurou seu primeiro escritório no Brasil, localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.

Segundo o comunicado da companhia, o objetivo é consolidar a operação local e reforçar a atuação no mercado brasileiro.