Shein: Lojistas de shoppings pedem fim de isenção de compras internacionais de até US$ 50
A Associação de Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos) é favorável ao fim do programa que isenta os impostos de compras de até US$ 50 em sites estrangeiros como a Shein, segundo nota enviada ao Money Times.
Usando como base um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a associação afirma que os produtos de produção nacional têm uma carga tributária que varia de 67,95% a 142,98%.
Entanto isso, os produtos importados e vendidos no Brasil têm uma tributação entre 63,75% e 118,11%, de acordo com a Ablos.
“Sabemos que o governo vem buscando formas de aumentar receitas para cobrir seu orçamento, porém, ao optar por essa isenção na taxação das plataformas estrangeiras, deixa de receber mais de 65 bilhões de impostos somente no ano de 2023, o que nos surpreende”, diz a associação.
O posicionamento é feito após o CEO da Shein, Marcelo Claure, sugerir às varejistas tradicionais “trocarem modelo de negócio”, em entrevista ao site Faria Lima Journal.
Isenção de impostos
No início de agosto, o governo iniciou o programa “Remessa Conforme”, para fiscalizar fraudes e zerar a alíquota de importação para as compras de até US$ 50 em sites estrangeiros.
Segundo a Receita Federal, a oficialização da habilitação das empresas no programa ocorre mediante publicação de ato declaratório no Diário Oficial da União (DOU).
A associação também indica que empregos podem ser afetados pela ação de sites estrangeiros no Brasil.
“O volume de vendas dentro das plataformas estrangeiras vem aumentando exponencialmente e, se o governo federal não tomar as providências necessárias rapidamente, milhões de pessoas perderão seus empregos”, afirma a Ablos.
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O que diz a Shein
Em nota enviada ao Money Times sobre seu modelo de negócio, a Shein afirma que “atua por meio de um modelo de negócio inovador baseado em tecnologia e análise de dados que permite a empresa produzir pequenos lotes de 100 a 200 unidades por produto e medir a resposta do mercado para, a partir disso, escalar sua produção baseando-se em uma demanda real”.
“Por não operar grandes estoques de produtos, seu modelo de negócio é tido como um de seus principais diferenciais competitivos, reduzindo custos, além de minimizar os impactos ambientais da produção no meio ambiente”, disse a empresa.