BusinessTimes

Shein e Coteminas: O que prevê o acordo entre as empresas?

24 abr 2023, 10:53 - atualizado em 24 abr 2023, 10:53
shein
Shein fechou acordo com a companhia Coteminas, cujo CEO é o presidente da Fiesp (Imagem: Shein)

Após a polêmica envolvendo a taxação de varejistas estrangeiras — dentre elas, a Shein —, a companhia chinesa está interessada em focar no mercado brasileiro e já tem promessas feitas ao governo.

O governo havia anunciado, inicialmente, o fim da isenção de imposto para as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250). A notícia repercutiu mal para Lula, que recuou na decisão.

Neste cenário, na última quinta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com representantes da Shein e anunciou que a companhia pretende nacionalizar 85% das vendas nos próximos quatro anos. Com isso, os produtos da marca serão feitos no Brasil.

  • Entre para o Telegram do Money Times! Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

O ministro se reuniu com representantes do site asiático na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com a presença do presidente da Federação, que angariou um acordo com a Shein.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Shein e o acordo com Coteminas

A Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas) anunciou o fechamento de uma parceria com a varejista chinesa.

Conforme o memorado assinado, 2 mil clientes confeccionistas da Coteminas vão ser fornecedores da Shein, visando atende o mercado brasileiro e da América Latina. Ainda, envolve o financiamento para capital de trabalho — a Shein deve criar 100 mil empregos no Brasil — e contratos de exportação de produtos de casa.

A Coteminas pertence ao atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, que intermediou e participou da reunião entre Haddad e os representantes da Shein.

O acordo veio após a varejista anunciar que pretende investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil.