Shein e Coteminas: O que prevê o acordo entre as empresas?
Após a polêmica envolvendo a taxação de varejistas estrangeiras — dentre elas, a Shein —, a companhia chinesa está interessada em focar no mercado brasileiro e já tem promessas feitas ao governo.
O governo havia anunciado, inicialmente, o fim da isenção de imposto para as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250). A notícia repercutiu mal para Lula, que recuou na decisão.
Neste cenário, na última quinta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com representantes da Shein e anunciou que a companhia pretende nacionalizar 85% das vendas nos próximos quatro anos. Com isso, os produtos da marca serão feitos no Brasil.
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O ministro se reuniu com representantes do site asiático na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com a presença do presidente da Federação, que angariou um acordo com a Shein.
Shein e o acordo com Coteminas
A Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas) anunciou o fechamento de uma parceria com a varejista chinesa.
Conforme o memorado assinado, 2 mil clientes confeccionistas da Coteminas vão ser fornecedores da Shein, visando atende o mercado brasileiro e da América Latina. Ainda, envolve o financiamento para capital de trabalho — a Shein deve criar 100 mil empregos no Brasil — e contratos de exportação de produtos de casa.
A Coteminas pertence ao atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, que intermediou e participou da reunião entre Haddad e os representantes da Shein.
O acordo veio após a varejista anunciar que pretende investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil.