Shein: Consumidores mandam recado e analista vê tendência que pode afetar empresa
Os dados sobre importações de pequeno valor e a tributação em curso do comércio eletrônico transfronteiriço provavelmente apontam para uma desaceleração do crescimento da Shein no Brasil, disseram analistas do Santander nesta sexta-feira (26).
A tendência, de acordo com banco em relatório assinado por Ruben Couto e equipe, seria positiva para empresas locais, especialmente varejista de vestuário, como Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3), que têm sido mais ameaçadas pelas empresas estrangeiras.
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central mais cedo, as importações de pequeno valor totalizaram US$ 701 milhões em abril, queda de 20% em relação ao ano anterior, marcando a primeira baixa desde maio de 2020.
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Consumidores da Shein ‘mandam recado’
Para o Santander, além do ambiente de inflação e juros altos, a queda das importações de pequeno valor em abril pode ter sido influenciada por um aumento das preocupações dos consumidores sobre uma eventual tributação dos produtos, já que o governo brasileiro agora está sendo mais claro sobre mudanças nas compras transfronteiriças.
Os analistas acrescentam que, conforme noticiou o Valor Econômico, o Ministério da Economia e a Receita Federal planejam propor alterações ao atual sistema brasileiro de compras transfronteiriças, com o objetivo principal de introduzir o pagamento dos impostos de importação no ato da compra.
“À medida que as discussões sobre a tributação do comércio eletrônico internacional se materializam, levando a um aumento nos preços desses produtos, pode haver ventos contrários contínuos para empresas como Shein, Shopee e AliExpress, impactando positivamente as empresas locais”, sublinharam os analistas.