Setor privado registra nova desaceleração no crescimento do índice de produção, aponta PMI do Brasil
O índice de serviços dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Brasil, que agrega as atividades dos setores industrial e de serviços, caiu a 53,9 em agosto, de 55,8 em julho, de acordo com a leitura divulgada nesta segunda-feira (05) pelo S&P Global.
Ainda assim, as empresas registraram aumentos acentuados nas vendas, na produção e na contratação devido à recuperação da demanda. Além disso, as expectativas dos negócios melhoraram consideravelmente ao longo do mês, atingindo seu nível mais alto em quase nove anos
No PMI composto, depois de uma recuperação quase recorde em junho, foi registrada uma nova desaceleração no crescimento do índice de produção do setor privado brasileiro durante o mês de agosto: queda de 55,3 em julho para 53,2.
O arrefecimento do crescimento econômico foi acompanhado por um recuo das pressões sobre os preços. Ao nível consolidado, as taxas de inflação dos custos de insumos e de produção diminuíram para os níveis mais baixos em 25 e 19 meses, respectivamente.
No relatório publicado, Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, afirma que as condições de demanda favoráveis continuaram a estimular o setor de serviços em agosto, com outro aumento acentuado no volume de novos pedidos acompanhado por uma recuperação semelhante na produção.
“As taxas de crescimento diminuíram pelo segundo mês consecutivo, com algumas empresas observando uma demanda mais fraca dos clientes por seus serviços, em parte causada pela incerteza diante das eleições”, destaca.
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