Indústria

Setor industrial perde 1 milhão de empregos em dez anos, aponta pesquisa do IBGE

22 jul 2022, 10:55 - atualizado em 22 jul 2022, 10:55
Apenas entre 2011 e 2019, o setor industrial passou pela sétima queda consecutiva, com a perda de 2,865 mil empresas (Imagem: REUTERS)

O setor industrial está em queda, com a perda de 9,6 mil empresas e um milhão de empregos em 10 anos, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A pesquisa, que mapeou os dados entre 2011 e 2020, identificou que a indústria perdeu 9.579 empresas, ou 3,1% do total, além de 1 milhão de empregos, -11,6% do total, sendo 5.747 vagas nas indústrias extrativas e 998.200 nas indústrias de transformação.

Em 2020, o país tinha 303,6 mil indústrias com uma ou mais pessoas ocupadas, sendo 6,3 mil indústrias extrativas e 297,3 mil indústrias de transformação.

Essas empresas geraram R$ 4 trilhões de receita líquida de vendas (R$ 274,6 bilhões na indústria extrativa e R$ 3,7 trilhões na indústria de transformação) e pagaram R$ 308,4 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

Panorama das indústrias

Apenas entre 2011 e 2019, o setor industrial passou pela sétima queda consecutiva, com a perda de 2,865 mil empresas (-0,9%).

“Vimos uma tendência de redução do número de empresas desde 2014, início da crise. Entre 2019 e 2020, houve uma queda de 0,9% no número de empresas, sendo 0,8% nas indústrias extrativas e 0,9% nas indústrias de transformação. Também houve queda de 1,2% no número de unidades locais frente a 2019, sendo 1,3% nas extrativas e 1,1% nas indústrias de transformação”, analisa a gerente de Análise Estrutural, Synthia Santana.

Segundo a pesquisa, em 2020 o setor industrial ocupava 7,7 milhões de pessoas, das quais 97,4% operavam nas indústrias de transformação. A indústria perdeu 1,0 milhão de postos de trabalho entre 2011 e 2020.

Setores que mais perderam

Os setores mais impactados com a perda de postos de trabalho entre 2011 e 2020 foram o de confecção de artigos de vestuário e acessórios (258,4 mil), o de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (138,1 mil) e de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (134,2 mil).

Em contrapartida, os maiores ganhos de postos de trabalho ocorreram na indústria alimentícia, principal empregadora do setor, seguida da indústria de fabricação de produtos não-metálicos e de produtos de borracha e material plástico.

Com a criação de novas vagas principalmente em setores com salários mais baixos, o salário médio da indústria teve queda em 2020.

Em 10 anos, o salário médio (s.m) na indústria caiu de 3,5 s.m. para 3,0 s.m. Mesmo pagando os salários mais elevados, as Indústrias extrativas tiveram uma redução no salário médio, passando de 6,1 s.m. em 2011 para 4,6 s.m. em 2020. Nas Indústrias de transformação, o salário médio caiu de 3,5 s.m. em 2011 para 2,9 s.m. em 2020.

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