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Setor imobiliário pode ganhar com nova remuneração do FGTS e uma ação deve se destacar; entenda

13 jun 2024, 14:48 - atualizado em 13 jun 2024, 14:48
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Ficou decidido ainda que nos anos em que a remuneração das contas do FGTS não alcançar o IPCA haverá uma compensação. (Imagem: 89STocker/ Canva Pro)

A nova correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) agora será de 3% ao ano, mais taxa referencial e ainda terá uma distribuição de dividendos para atingir o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O setor imobiliário, que estava aflito com o parecer, comemorou.

A decisão foi tomada na quarta-feira (12) pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual maioria da corte acatou a última proposta apresentada pelo governo Lula.

Ficou decidido ainda que, nos anos em que a remuneração das contas do FGTS não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do Fundo determinar a forma de compensação.

“Embora se possa argumentar que a inflação no Brasil muitas vezes aumenta fora de controle (tornando-o muito difícil de igualar), a inflação do IPCA só superou a do FGTS, a remuneração máxima (TR + 3% a.a. + 100% payout), em três anos, sendo durante a crise de 2015 e em 2021-22, impactado pela Covid”, avaliou o BTG Pactual em relatório recente sobre o assunto.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), disse em nota que entende que o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090 trouxe uma nova perspectiva para o futuro do FGTS.

“A decisão levou em consideração a importância da habitação e buscou preservar sua capacidade do Fundo para investimento em habitação, saneamento e infraestrutura, e ainda permite que milhões de famílias possam conquistar o sonho da casa própria”, avaliou Luiz França, presidente da entidade.

O parecer definitivo vai permitir, segundo a associação, que o setor continue a enfrentar o alto déficit habitacional no Brasil, estimado em 7,8 milhões de moradias, segundo dados da Faculdade Getúlio Vargas (FGV).

A Abrainc destaca também a importância da medida para a manutenção do Minha Casa, Minha Vida, que, de acordo com dados do Ministério das Cidades, já contratou mais de 7,7 milhões de moradias ao longo dos últimos 15 anos e depende dos recursos do FGTS para permitir o acesso de famílias de baixa renda ao programa.

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Desta forma, os analistas do BTG Pactual reforça sua visão positiva sobre as construtoras residenciais dessa categoria para os investidores, principalmente pelo aumento nos empréstimos do MCMV e no incentivo ao programa dado recentemente.

“À medida que o MCMV continua a crescer, as empresas registam fortes vendas e margens sólidas. Além disso, as avaliações ainda parecem atraentes, com todas as ações negociadas entre 3-7x P/L 2025E, então continuamos positivos no espaço, com Tenda (TEND3) (alta risco/alta recompensa) nossa escolha principal em 3,5x P/E 2025E”, avalia o time de analistas do banco.

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