COP30

Empresários entregam ‘ambições’ para a COP30 ao Ministério do Meio Ambiente e Governador do Pará

28 mar 2025, 12:00 - atualizado em 28 mar 2025, 12:00
amcham-cop30
(Foto: Divulgação)

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil — Amcham Brasil, entregou um documento intitulado “Ambição Empresarial COP30” ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, ao governador do Pará, Helder Barbalho, e ao secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco.

O posicionamento ocorreu durante o evento COP30 Business Forum, organizado pela Amcham, que reúne mais de 3,5 mil empresas associadas, que representam cerca de 33% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

“As propostas buscam contribuir para que o Brasil aproveite a COP30 para avançar nas políticas ambientais domésticas, reforçar seu protagonismo internacional e se consolidar como referência em economia sustentável”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

Ao todo, o setor empresarial elaborou 13 propostas para a COP30, divididas em dois eixos principais: negociações internacionais e políticas domésticas ligadas à realização do evento no Brasil.

Negociações internacionais da COP30

No eixo de negociações internacionais, a Amcham espera que o evento e o setor público auxiliem em seis demandas do setor privado:

  • Assegurar a apresentação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) revisadas e ambiciosas por todos os países até setembro de 2025.
  • Avançar no Roadmap Baku-Belém, destravando recursos públicos e facilitando o acesso a bancos multilaterais para atingir a meta de US$ 1,3 trilhão anuais de financiamento climático.
  • Destravar financiamentos privados, criando um sistema de garantias para atrair investimentos em projetos sustentáveis.
  • Focar na implementação da adaptação climática, com plano de ação voltado à resiliência hídrica e alimentar e definição de indicadores de avanço.
  • Intensificar o processo negociador, promovendo reuniões preparatórias para acelerar o calendário das negociações, especialmente em financiamento, adaptação e regulação.
  • Acelerar a Agenda de Ação da COP30, com foco em conservação e restauração florestal, recuperação de terras degradadas e estímulo ao uso de biocombustíveis na transição energética.

Políticas domésticas ligadas à COP30

Já no cenário doméstico, as ações que o setor empresarial espera avançar são: 

  • Regulação do mercado de carbono, com início da implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) e criação de ambiente regulatório claro e competitivo.
  • Finalização da Taxonomia Sustentável Brasileira, para ampliar o acesso a recursos para projetos ambientalmente sustentáveis.
  • Implementação do Plano Clima, com metas setoriais claras e plano de execução em diálogo com o setor produtivo.
  • Transição energética, com regulamentação do mercado de hidrogênio limpo, combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e aprovação de projeto de lei sobre minerais críticos.
  • Modernização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com melhorias de governança, tecnologia e aceleração das análises.
  • Aprovação da Política Nacional de Economia Circular, junto à implementação da Estratégia Nacional para fortalecer cadeias produtivas sustentáveis.
  • Criação de incentivos para Captura e Armazenamento de Carbono (CCS), com regulamentação e mecanismos financeiros para viabilizar projetos no Brasil.

 COP30 Business Forum

A entrega do documento faz parte da jornada Amcham COP30, que inclui missão empresarial na Amazônia, encontros estratégicos durante a conferência, capacitação de fornecedores NetZero e formação de jovens em inglês para atuação na COP30.

O COP30 Business Forum conta com a participação de representantes do Citi, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Cargill, Mosaic, JBS (JBSS3), Bayer, CBA (CBVA3) e Marcopolo (POMO4), além de representantes do Governo Federal e Governo Estadual do Pará.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
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