Setor elétrico está muito barato, diz XP; veja quais empresas se destacam entre as gestoras
Segundo a XP Investimentos, o setor elétrico está negociando a descontos atraentes de maneira geral.
A corretora lembra que o Índice de Energia Elétrica (IEEE) caiu cerca de 10% nos últimos seis meses, contra uma desvalorização de 17% do índice Bovespa.
A XP fez uma ronda entre mais de 20 gestoras de investimentos e disse que os nomes mais citados foram, em ordem, Equatorial, Ômega, CESP, Energisa, Alupar e Eneva.
Veja as impressões do top 3:
Equatorial
De acordo com a corretora, o principal questionamento levantado por investidores sobre a Equatorial (EQTL3) foi com relação a mudança de estratégia da companhia que tem como histórico o investimento em ativos com potencial de turn-around.
Além disso, investidores viram o retorno da aquisição como apertado, precisando assumir premissas de preço mais agressivas para a aquisição fazer sentido, diz a corretora.
No consenso, há sensação de confiança na geração de valor no longo prazo da companhia. A XP recomenda a compra dos papéis a R$ 30 — o que implica em uma possível alta de 31%.
Omega
A XP afirma que a Omega (OMGE3) tem sofrido pressão vendedora, principalmente devido aos acionistas dissidentes da última assembleia, na qual foi tratada a transação que criou a Omega Energia.
A corretora ressalta que alguns investidores não concordaram com a forma em que a transação foi conduzida e aumentaram sua percepção de risco em relação à companhia, no entanto, é consenso de que o valuation atual é atrativo.
Para a XP, o viés em relação à companhia é positivo e, por isso, recomendam a compra com preço-alvo de R$ 48 — o que implica em uma possível alta de 70%.
CESP
Com relação a Cesp (CESP6), a XP destaca sua capacidade operacional da companhia como geradora hídrica. No entanto, afirma que, entre as gestoras, ainda há muita incerteza sobre os termos finais da transação com a Votorantim e CPP, considerando que não há ainda muita informação disponível.
Além disso, também pesou contra o papel o fato dos controladores optarem por deixar um veículo privado para investimentos em novas soluções e tecnologias renováveis, o que, na opinião de investidores, retira um potencial de alta do papel.
A XP recomenda a compra da ação com preço-alvo de R$ 33 — o que implica em uma possível alta de 55%.