Serviços

Setor de Serviços na capital paulista registra melhor setembro desde 2010

04 dez 2018, 17:09 - atualizado em 04 dez 2018, 17:12
(WILSON DIAS-ABR)

Dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com informações fornecidas pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz/SP), mostram que o setor de serviços na cidade de São Paulo chegou à marca de R$ 28,7 bilhões de faturamento em setembro. É o melhor resultado desde 2010.

Comparando com o mesmo mês de 2017, o crescimento foi de 11,4%, R$ 2,9 bilhões a mais nas receitas. De janeiro a setembro deste ano, as vendas registraram alta de 14,8%. O acumulado de 12 meses também fechou no positivo, subindo 13,5%.

Nove das 13 atividades submetidas à pesquisa registraram aumento no faturamento real quando comparado a setembro de 2017. Mercadologia e comunicação foi a atividade que mais cresceu, revelando expansão de 133,4%. Educação apresentou crescimento de 28,4%. Jurídicos, econômicos, técnicos – administrativos registraram alta de 21,1%. Agenciamento, corretagem e intermediação faturaram 15% mais; representação, 12,3%, técnico-científico, 9%; turismo, hospedagem, eventos e assemelhados, 6,6%; serviços bancários, financeiros e securitários, 6,1%; e por último, conservação, limpeza e reparação de bens móveis, 0,6%.

Quanto aos resultados negativos, saúde, construção civil e demais serviços tiveram baixa de, respectivamente, -7,2%, -5,8% e -3,9%. O Simples Nacional obteve faturamento de -1,6%.

Segundo a FecomercioSP, o setor de serviços vem apresentando um processo de recuperação de receitas bastante positiva, cenário que provavelmente se estenderá ao longo do último trimestre de 2018. Outros fatores, como a recuperação gradual da economia e a melhora dos principais indicadores de renda, emprego e crédito foram determinantes para que setembro fechasse em alta.

Algumas atividades, no entanto, não conseguiram recuperar suas receitas. É o caso da construção civil, que se viu prejudicada pela forte crise econômica entre 2014 e 2016. A crise afetou os investimentos públicos e privados e o mercado imobiliário brasileiro. Para a federação, a atividade só dará mostras de crescimento quando o crescimento da economia estiver consolidado, o que irá refletir nos demais índices conjunturais – emprego, renda, PIB, inflação etc.