Setor de seguros se recupera em janeiro, diz CNseg; previdência privada cresce 18,8%
O setor segurador apresentou recuperação em janeiro puxado pela previdência privada, conforme dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros, Previdência, Vida, Saúde e Capitalização (CNseg). A começar pela arrecadação do período, de R$ 243,1 bilhões nos 12 meses encerrados em janeiro, sem contar o seguro obrigatório, o DPVAT, o que representou acréscimo de 0,9%, comparando-se com o resultado até dezembro do ano passado. O dado muda a trajetória de queda do levantamento anterior, de 0,1%.
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Comparando apenas janeiro, sem o DPVAT e sem o setor de saúde suplementar, o setor de seguros e previdência privada arrecadou R$ 20,1 bilhões, crescimento de 12,29% sobre o mesmo mês do ano passado. Com o DPVAT, o valor arrecadado sobe para R$ 20,582 bilhões, crescimento de 9,37% sobre janeiro de 2018.
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As provisões técnicas que garantem os riscos das seguradoras, ultrapassaram a barreira de R$ 1 trilhão, “símbolo da solvência setorial e importante alavanca de desenvolvimento”, ressalta o presidente da CNseg, Marcio Coriolano.
Previdência privada
Ele aponta o desempenho dos planos de previdência privada VGBL e PGBL, com alta de 18,8% na comparação de janeiro de 2019 em relação ao mesmo mês do ano passado. No total, os fundos de previdência arrecadaram em janeiro R$ 8,737 bilhões, ante R$ 7,354 bilhões do mesmo mês de 2018.
Os VGBL, que são usados para planejamento sucessório de famílias de alta renda, pois não entram no inventário, cresceram 20,31% em janeiro em relação ao ano anterior e responderam por R$ 8 bilhões arrecadados, R$ 1,4 bilhão a mais que em janeiro de 2018. Já os PGBL, mais ligados aos assalariados com carteira assinada, cresceram 4,45%, arrecadando R$ 728 milhões.
Coriolano destaca ainda a evolução contínua das vendas dos Planos de Risco em Cobertura de Pessoas (16,2%), além da trajetória positiva da receita de seguros Patrimoniais (14%) e dos planos de Capitalização (10%), como responsáveis pela recuperação constatada em janeiro sobre o mesmo mês de 2018.
Segundo ele, o melhor desempenho positivo é dos Planos de Risco em Cobertura de Pessoas (coberturas de morte e invalidez), que cresceram 1,2% na série móvel de 12 meses até dezembro de 2018, e 16,2%, comparando-se com janeiro do ano passado. Esses seguros já contabilizam R$ 38,4 bilhões, quase 16% da arrecadação geral, mais do que a arrecadação dos seguros de Automóveis, de R$ 35,8 bilhões (perto de 15% da arrecadação geral).
Seguros de automóveis caem 1,5%
No segmento de Danos e Responsabilidades, o seguro de Automóveis teve relativa estabilidade (-0,1%) na mesma comparação da série móvel de 12 meses. Já na comparação mensal, os seguros de automóveis caíram 1,47% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, fechando janeiro com R$ 2,949 bilhões arrecadados. Os seguros de Danos e Responsabilidades, que reúne Automóveis, Acidentes de Passageiros, Casco, Responsabilidade Facultativa e Outros, subiu 3,14% em janeiro, atingindo R$ 5,871 bilhões.
Já na comparação janeiro de 2019 com janeiro de 2018, outras modalidades registraram desempenho bastante representativo: Responsabilidade Civil (38,5%), Transportes (14,3%) e Patrimonial (14,0%), ampliando a diversificação de negócios. O segmento de títulos de Capitalização acumulou crescimento de 0,8% em 12 meses, com volume significativo de receitas anualizadas, da ordem de R$ 21,2 bilhões.
Sobre a CNseg
A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem setor, reunidas em suas quatro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap).