Setor de etanol não se surpreenderá se após Albuquerque o próximo a cair seja o presidente da Petrobras
Algumas lideranças e empresários do setor sucroenergético não se surpreenderam com a exoneração do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. E não se surpreenderão se o próximo a ser demitido seja o presidente da Petrobras (PETR4), José Mauro Ferreira Coelho, indicado pelo almirante que deixa a pasta.
O novo ministro é Adolfo Sachsida, que deixa a Assessoria de Especial de Assuntos Estratégicos de Paulo Guedes, na Economia.
Ouvidos por Money Times, sob sigilo de seus nomes uma vez que entendem a demissão – “a pedido”, como disse em nota o governo e como é praxe nesses casos –, tem como alvo as críticas do presidente Jair Bolsonaro à política de preços da petroleira e pode representar impacto sobre os preços do etanol, eles só não conseguem “entender direito a opção pelo homem do [ministro Paulo] Guedes”, como disse um deles.
Sachsida, como seu ex-chefe até esta manhã, é considerado pró-mercado, contra intervenções na estatal, como também era Albuquerque e é Ferreira Coelho. Este substituiu o general Luna e Silva, que também resistiu à pressão do Planalto para que a Petrobras contivesse a alta dos derivados de petróleo.
A gota d’água da nova rodada de consequências à irritação pública do presidente, que dias atrás taxou os resultados da estatal de “estupro” -, foi o recente aumento do óleo diesel, embora a gasolina tenha sido poupada.
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