Economia

Setor de armas tenta atrair militares com promoções após nova portaria do Exército

22 dez 2023, 15:36 - atualizado em 22 dez 2023, 15:36
Militares são alvo da indústria de armas após regulamentação
Regulamentação do Exército saiu só para soldados do Exército; portaria permite compra de fuzis por membros da Força Armada (foto: Flickr/Exército)

Parte da indústria e do varejo de armas de fogo, que teve um ano marcado por demissões e pouquíssimas vendas, tenta agora compensar parte das perdas com promoções voltadas aos militares do Exército.

O movimento vem após a Força Armada publicar uma portaria, na última sexta (14), que regulamenta a compra e venda de armas para militares, e que inclui ainda a possibilidade de compra de armas restritas aos CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) em seus acervos pessoais, como fuzis 5,56 x 45mm.

Não tardou muito para empresas do setor tentarem atrair esse público. É o caso da fabricante Fire Eagle, do Rio Grande do Sul, que tem apenas armas restritas em seu portfólio, como carabinas semiautomáticas 9 x 19mm e fuzis 5,56 x 45mm.

A empresa anunciou promoções aos militares, incluindo fuzis por até R$ 11.290. Quando lançadas, as armas passavam de R$ 20 mil.

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Lojas têm armas no estoque há mais de um ano

No varejo, a loja conceito da Taurus (TASA4), AMTT (Armas, Munições, Tiro e Treinamento) de São Paulo, também anunciou “condições especiais” para os integrantes das Forças Armadas.

As lojas do setor que negociam fuzis ficaram com as armas “travadas” desde setembro de 2022, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu decisão liminar que proibiu a venda dessas armas.

No entanto, são poucas as lojas que negociam essas armas, visto que, para vender esse tipo de produto, o Exército exige segurança 24 horas e uma estrutura de proteção maior que das lojas do setor que não trabalham com fuzis.

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