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Setor bancário molhou. Agora, só uma ação vale a pena. Descubra qual

24 jul 2021, 19:14 - atualizado em 25 jul 2021, 10:21
Dois fatores com os quais a XP Investimentos está cada vez mais preocupada no setor bancário, e deveriam ser levados em conta pelo investidor (Imagem: Pixabay)

A XP Investimentos alerta que os bons ventos do setor bancário mudaram e que vem por aí uma disrupção, chutando ao escanteio muitas ações do ramo, e apenas uma se salvando, de acordo com relatório obtido pelo Money Times.

“Embora nossa recomendação dos bancos em junho de 2020 tenha valido a pena, os preços das nossas ações de cobertura cresceram em média 26%, justificando uma visão menos otimista sobre o setor”, sublinha o time de analistas da corretora formado por Marcel Campos, Matheus Odaguil, Vítor Pini e Artur Alves.

O quarteto também considerou na análise os riscos do open banking e uma concorrência mais agressiva no atacado nos modelos, dois fatores com os quais a equipe está cada vez mais preocupada, e deveriam ser levados em conta pelo investidor.

Abrindo as atualizações, o Banco do Brasil (BBAS3) teve a recomendação de compra reiterada e preço-alvo elevado a R$ 52 por ação, implicando potencial de valorização de 64% ante à cotação atual.

“Acreditamos que o banco apresenta uma assimetria de investimento positiva, principalmente com base na avaliação financeira atraente do banco, além de possuir uma operação defensiva e um possível desbloqueio de valor com um maior rendimento de dividendos“, ponderam os especialistas.

Já o Bradesco (BBDC4) teve sua recomendação rebaixada para neutra pela corretora. Analistas veem maiores riscos com a chegada do Open Finance para a operação de seguro do banco.

“Embora ainda gostemos dos fundamentos do Bradesco, acreditamos que a avaliação financeira (valuation) atual oferece uma vantagem limitada, uma vez que o banco é negociado a 1,6x P/VP 2021 e 9,5x P/L 2021”, comentam.

O Itaú Unibanco (ITUB4) permaneceu na zona neutra de indicação. Apesar de riscos operacionais maiores que os rivais já citados (Banco do Brasil e Bradesco), os múltiplos do Itaú seguem sendo negociados a uma taxa mais baixa em relação aos pares e sua média histórica de 5 anos.

Na avaliação da XP, o maior banco privado do país tem oportunidades para que mais valor seja desbloqueado.

Agora, o caso do Santander Brasil (SANB11) é bem mais delicado. Analistas rebaixaram para venda a recomendação, e novo preço-alvo de R$ 36 por unit, implica em queda 10%dos papéis do banco.

Os investidores agora enfrentam múltiplos mais altos em um cenário em que o banco deve registrar o menor crescimento anual dos lucros no setor, adverte a XP.

“Também acreditamos que o banco apresenta o balanço patrimonial mais arriscado no caso de uma inadimplência do mercado acima do esperado. Os resultados do 1T21 são insustentáveis, o que pode desencadear uma reação acionária negativa”, conclui o time.

Veja a seguir o novo olhar da XP Investimentos para o setor bancário:

Empresa Código Recomendação Preço-alvo (R$) Potencial (%)
Banco do Brasil BBAS3 Compra 52 64
Bradesco BBDC4 Neutra 26 9
Itaú Unibanco ITUB4 Neutra 28 -4
Santander SANB11 Venda 36 -10