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Setor aéreo voltará a decolar? Embraer aposta que sim, e BTG projeta alta de quase 30% para ação

18 nov 2021, 15:52 - atualizado em 18 nov 2021, 16:38
Embraer
No longo prazo, Embraer projeta que o setor aéreo cresça 3,3% anualmente até 2040 (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Segundo projeções da Embraer (EMBR3), o mercado de aviação aponta para um movimento de recuperação, liderado por tendências que influenciam na demanda por viagens aéreas e entregas de jatos e aeronaves durante os próximos 20 anos.

No balanço do terceiro trimestre deste ano, a Embraer chegou a reduzir o prejuízo líquido em R$ 563,3 milhões em relação ao mesmo trimestre de 2020. Já o ebitda da companhia alcançou R$ 380,7 milhões no período, ante R$ 1 milhão um ano antes.

No longo prazo, a companhia projeta que o setor aéreo cresça 3,3% anualmente até 2040. Com isso, apenas em 2024, o setor só retornaria aos níveis de 2019.

Com base no cenário traçado pela empresa, o BTG Pactual reitera sua recomendação de compra para Embraer, com preço-alvo de R$ 26 — potencial alta de 28,40%. O banco acredita que a ação apresenta “opções de valor interessantes”, como o eVTOL, segurança cibernética e aeronaves turboélices.

Novas tendências

Para a Embraer, meio ambiente, digitalização e regionalização são as três principais tendências que moldam a demanda futura por viagens aéreas e aeronaves.

Na questão ambiental, a companhia sugere que as companhias aéreas irão adquirir frotas com maior eficiência de combustível. No quesito de digitalização, a tendência é representada pelos avanços da tecnologia, incluindo trabalho em casa e videoconferência. Já a regionalização, é traduzida em mudanças geográficas nos parques fabris para reduzir as interrupções na cadeia de abastecimento.

A perspectiva de mercado da Embraer para as próximas duas décadas prevê uma demanda global de 10.900 novas aeronaves, sendo 8.640 jatos e 2.260 turboélices. Esse mercado é estimado em US$ 650 bilhões.

Perspectivas para a Embraer

Segundo o BTG, o panorama de mercado da Embraer aumenta a visibilidade sobre a recuperação do mercado de aviação comercial durante o Covid-19.

“A recuperação na demanda de jatos e um ambiente de preços mais benigno, propondo uma competição mais amena com a Airbus, deve apoiar uma melhor performance do negócio principal da Embraer”, afirmam Bruno Lima, Fernanda Recchia, Lucas Marquiori  e Marcel Zambello, analistas que assinaram o relatório do banco.

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