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Setembro vermelho: Ifix tem o 14º pregão de queda; o que esperar até o fim do mês?

20 set 2024, 9:08 - atualizado em 20 set 2024, 9:08

Cerca de 20 fundos imobiliários pagam seus cotistas nesta sexta-feira (20). Entre eles, o FII da Manatí (MANA11), o Alianzme (ALZM11), o Rio Bravo ESG (RBIF11), além de dois fundos da Riza, o Riza Arctium Real Estate (RZAT11) e o Riza Akin (RZAK11).

Os FIIs possuem ‘data com’ em sua maioria no dia 13 de setembro, mas é possível encontrar alguns com limite no dia 30 de agosto. Ou seja, os cotistas que tinham posição nos fundos até essas datas receberão os proventos.

Um dos que possuem maior distribuição por cota é o RZAT11, com dividendo de R$ 1,05 por cota. Logo em seguida está RBIF11 com R$ 0,95 por cota e o RZAK11 com R$ 0,92.

Enquanto isso, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou o dia com mais uma queda após decisão de juros no Brasil. Nesta quinta-feira (19), o índice caiu 0,28%, chegando aos 3.340,62 pontos — o pior patamar desde 4 julho.

No mês, o IFIX tem um recuo acumulado de 1,56%, sendo 14 pregões de queda. No ano, porém, o índice tem alta de 0,80%.

Nesta quarta-feira (18), Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta semana a alta na taxa básica de juros, a Selic. A taxa básica de juros saiu do patamar de 10,50% para 10,75% ao ano.

A alta na Selic, de forma geral, tem correlação inversa entre taxa de juros e o valor dos ativos reais, uma vez que a taxa é um importante instrumento neste mercado.

Na avaliação de Tomaz de Gouvêa, gestor de investimentos imobiliários da MAG Investimentos, o ciclo de alta que está precificado na curva de juros traduz-se tanto em um maior custo de produção de imóveis para os incorporadores quanto uma menor capacidade de pagamento e alavancagem para os compradores de imóveis.

Desta forma, Gouvêa avalia que os fundos imobiliários de tijolo — ou seja, que investem diretamente em propriedades físicas — podem sofrer com a desvalorização dos ativos devido ao custo de oportunidade maior, já que títulos mais conservadores e indexados aos juros se tornam mais atrativos.

No entanto, há um outro tipo de fundo imobiliários que se beneficia desta alta: os fundos imobiliários de papel, em especial os que possuem exposição a CRIs em CDI.

Gouvêa ainda avalia, por uma ótica otimista, que se caso o ciclo de alta for curto, conforme esperado pela MAG, os bons indicadores do atual ciclo imobiliário poderão ter seu impacto negativo limitado.

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As maiores altas e baixas do IFIX no último pregão

Entre os destaques positivos do IFIX, o BRPR Corporate Offices (BROF11) avançou 2,11%, a R$ 47,38. Na sequência, apareciam os fundos VBI REITS FOF (RVBI11), com alta de 1,59%, a R$ 73,40, e JS Ativos Financeiros (JSAF11), que subiu 1,11%, a R$ 96,51.

Fundo Ticker Variação (positiva) R$
BRPR Corporate Offices BROF11 +2,11% 47,38
VBI REITS FOF RVBI11 +1,59% 73,40
JS Ativos Financeiros JSAF11 +1,11% 96,51
Pátria Imobiliário FOF HGFF11 +1,07% 81,36
Santander Renda de Aluguéis SARE11 +1,05% 40,41

Na ponta negativa, estava o Bradesco Carteira Imobiliária Ativa (BCIA11), que recuou 3,69%, a R$ 96,80. O BTG Pactual Agro Logística (BTAL11) caiu 2,88%, cotado a R$ 75,91, enquanto o Bluemacaw Logística (BLMG11) desvalorizou 2,17%, a R$ 39,13.

Fundo Ticker Variação (negativa) R$
Bradesco Carteira Imobiliária Ativa BCIA11 -3,69% 96,80
BTG Pactual Agro Logística BTAL11 -2,88% 75,91
Bluemacaw Logística BLMG11 -2,17% 39,13
Pátria Escritórios HGRE11 -2,16% 106,07
Vbi Prime Properties PVBI11 -2,07% 87,01
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.