Sete Magníficas: Qual big tech brilhou mais desde o início da pandemia
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Em 21 de fevereiro de 2020, o Brasil entrava no Carnaval com os primeiros indícios da Covid-19 já no radar. Poucos dias depois, o choque global provocado pela pandemia redefiniu o rumo da economia e do mercado financeiro. Agora, cinco anos depois, uma análise das gigantes tecnológicas revela padrões claros entre vencedores e empresas que enfrentaram desafios nesse período turbulento.
O domínio das Big Techs: as “Sete Magníficas” e o mercado dos EUA desde 2020
Nos últimos cinco anos, o mercado de ações americano foi impulsionado pelo crescimento exponencial das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como as “Sete Magníficas“. Essas gigantes não apenas superaram o desempenho do mercado, mas também consolidaram seu domínio sobre os principais índices acionários.
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Nvidia dispara e Tesla mantém alta volatilidade
O grande destaque do período foi a Nvidia (NVDA), que disparou impressionantes +1.736,27%, impulsionada pelo boom da inteligência artificial e pela crescente demanda por chips gráficos de alto desempenho. A empresa se tornou a maior beneficiária da revolução da IA, consolidando-se como peça-chave para data centers e computação avançada.
A Tesla (TSLA) também registrou um crescimento expressivo de +462,38%, mesmo enfrentando desafios como a concorrência crescente no setor de veículos elétricos e preocupações com a governança da empresa sob Elon Musk. Apesar da volatilidade, a montadora manteve sua posição de liderança na transformação do setor automotivo.
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Meta, Apple, Alphabet e Microsoft seguem firmes
A Meta (META) e a Apple (AAPL) tiveram desempenhos semelhantes, com altas de +226,46% e +223,62%, respectivamente. A Meta se reinventou ao investir em inteligência artificial e no metaverso, enquanto a Apple continuou fortalecendo sua base de consumidores leais, impulsionada pelo lançamento de novos produtos e serviços.
A Alphabet (GOOGL) e a Microsoft (MSFT) também registraram ganhos robustos de +143,10% e +138,80%, respectivamente, impulsionadas pelo avanço da computação em nuvem e pela corrida da inteligência artificial. O crescimento do Microsoft Azure e a adoção massiva do ChatGPT foram fundamentais para a valorização da Microsoft.
A Amazon (AMZN), embora tenha crescido a um ritmo mais moderado em relação às demais, ainda entregou um retorno de +107,15%, consolidando seu império no e-commerce e na computação em nuvem, mesmo diante da desaceleração do consumo pós-pandemia.
Como os índices dos EUA performaram?
Apesar do excelente desempenho das Big Techs, o mercado americano como um todo também registrou retornos sólidos:
- Nasdaq: +103,87%
- S&P 500: +80,16%
- Dow Jones: +49,79%
O Nasdaq, fortemente exposto às empresas de tecnologia, refletiu diretamente o desempenho das “Sete Magníficas”. Já o S&P 500, que tem cerca de 30% de sua composição nas Big Techs, também apresentou crescimento expressivo. O Dow Jones, composto por empresas mais tradicionais, avançou em um ritmo menor, mas ainda assim garantiu um retorno sólido.
Lições dos últimos cinco anos
- A revolução da inteligência artificial impulsionou as gigantes do setor – Nvidia e Microsoft foram as grandes vencedoras.
- O mercado de tecnologia segue como principal motor de crescimento nos EUA – o peso das Big Techs nos índices só aumentou.
- Mesmo diante de crises, a resiliência das empresas de tecnologia foi evidente – pandemia, juros altos e incertezas econômicas não impediram seu avanço.
Se os últimos cinco anos ensinaram algo ao mercado financeiro, é que as empresas que inovam e dominam tendências tecnológicas continuam liderando a valorização global. Com a inteligência artificial e a computação em nuvem se tornando cada vez mais essenciais, o próximo ciclo de crescimento pode ser ainda mais disruptivo.