Coluna do Einar Rivero

Sete Magníficas: Qual big tech brilhou mais desde o início da pandemia

27 fev 2025, 10:31 - atualizado em 27 fev 2025, 10:31
morning times investidores tecnologia ibovespa bolsa dinheiro big tech sete magníficas
Nos últimos cinco anos, o mercado de ações americano foi impulsionado pelo crescimento exponencial das grandes empresas de tecnologia. (Imagem: Getty Images Signature/Canva)

Em 21 de fevereiro de 2020, o Brasil entrava no Carnaval com os primeiros indícios da Covid-19 já no radar. Poucos dias depois, o choque global provocado pela pandemia redefiniu o rumo da economia e do mercado financeiro. Agora, cinco anos depois, uma análise das gigantes tecnológicas revela padrões claros entre vencedores e empresas que enfrentaram desafios nesse período turbulento.

O domínio das Big Techs: as “Sete Magníficas” e o mercado dos EUA desde 2020

Nos últimos cinco anos, o mercado de ações americano foi impulsionado pelo crescimento exponencial das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como as “Sete Magníficas“. Essas gigantes não apenas superaram o desempenho do mercado, mas também consolidaram seu domínio sobre os principais índices acionários.

Nvidia dispara e Tesla mantém alta volatilidade

O grande destaque do período foi a Nvidia (NVDA), que disparou impressionantes +1.736,27%, impulsionada pelo boom da inteligência artificial e pela crescente demanda por chips gráficos de alto desempenho. A empresa se tornou a maior beneficiária da revolução da IA, consolidando-se como peça-chave para data centers e computação avançada.

A Tesla (TSLA) também registrou um crescimento expressivo de +462,38%, mesmo enfrentando desafios como a concorrência crescente no setor de veículos elétricos e preocupações com a governança da empresa sob Elon Musk. Apesar da volatilidade, a montadora manteve sua posição de liderança na transformação do setor automotivo.

(Imagem: Einar Rivaro/Elos Ayta)

Meta, Apple, Alphabet e Microsoft seguem firmes

A Meta (META) e a Apple (AAPL) tiveram desempenhos semelhantes, com altas de +226,46% e +223,62%, respectivamente. A Meta se reinventou ao investir em inteligência artificial e no metaverso, enquanto a Apple continuou fortalecendo sua base de consumidores leais, impulsionada pelo lançamento de novos produtos e serviços.

A Alphabet (GOOGL) e a Microsoft (MSFT) também registraram ganhos robustos de +143,10% e +138,80%, respectivamente, impulsionadas pelo avanço da computação em nuvem e pela corrida da inteligência artificial. O crescimento do Microsoft Azure e a adoção massiva do ChatGPT foram fundamentais para a valorização da Microsoft.

A Amazon (AMZN), embora tenha crescido a um ritmo mais moderado em relação às demais, ainda entregou um retorno de +107,15%, consolidando seu império no e-commerce e na computação em nuvem, mesmo diante da desaceleração do consumo pós-pandemia.

Como os índices dos EUA performaram?

Apesar do excelente desempenho das Big Techs, o mercado americano como um todo também registrou retornos sólidos:

  • Nasdaq: +103,87%
  • S&P 500: +80,16%
  • Dow Jones: +49,79%

O Nasdaq, fortemente exposto às empresas de tecnologia, refletiu diretamente o desempenho das “Sete Magníficas”. Já o S&P 500, que tem cerca de 30% de sua composição nas Big Techs, também apresentou crescimento expressivo. O Dow Jones, composto por empresas mais tradicionais, avançou em um ritmo menor, mas ainda assim garantiu um retorno sólido.

Lições dos últimos cinco anos

  • A revolução da inteligência artificial impulsionou as gigantes do setor – Nvidia e Microsoft foram as grandes vencedoras.
  • O mercado de tecnologia segue como principal motor de crescimento nos EUA – o peso das Big Techs nos índices só aumentou.
  • Mesmo diante de crises, a resiliência das empresas de tecnologia foi evidente – pandemia, juros altos e incertezas econômicas não impediram seu avanço.

Se os últimos cinco anos ensinaram algo ao mercado financeiro, é que as empresas que inovam e dominam tendências tecnológicas continuam liderando a valorização global. Com a inteligência artificial e a computação em nuvem se tornando cada vez mais essenciais, o próximo ciclo de crescimento pode ser ainda mais disruptivo.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
einar.rivero@autor.moneytimes.com.br
Twitter Linkedin Instagram
Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
Twitter Linkedin Instagram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar