Política

Sérgio Moro na mira do PCC: Facção criminosa faz plano para matar ex-ministro da Justiça

22 mar 2023, 15:55 - atualizado em 22 mar 2023, 15:55
Sergio Moro eleições
Sergio Moro atuou na transferência de líderes do PCC para presídios federais (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta quarta-feira (22) que a Política Federal (PF) encontrou evidências de que casas estavam sendo preparadas com paredes falsas para servirem de cativeiro ou esconderijo no plano de assassinato do senador Sérgio Moro (União Brasil).

Na manhã desta quarta, Moro agradeceu pelo apoio dos policiais e demais servidores envolvidos na operação que desarticulou a ação dos criminosos. O ex-juiz disse também que fará um pronunciamento na tribuna do Senado sobre os “planos de retaliação do PCC” contra ele e outros agentes públicos.

“Havia um planejamento em curso para a execução de ações violentas, tendo vários alvos. Um promotor do Estado de São Paulo, que era o alvo original de onde nasce a investigação […] autoridades do sistemas penitenciário de vários Estados, integrantes das polícias de vários Estados e também, hoje, o senador da República Sérgio Moro”, afirmou Dino em coletiva de imprensa.

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Além disso, Dino afirmou que a Polícia Federal encontrou indícios de que os criminosos estavam preparando uma estrutura para o ataque contra o senador Sérgio Moro.

“Em relação especificamente ao senador Moro, chamou a atenção e foi determinante para a Polícia Federal o fato de já haver atos de montagem de estruturas para perpetração de crimes no Paraná”, disse.

“Havia compartimentos sendo preparados em casas, compartimentos falsos, paredes falsas. Esses compartimentos poderiam ser desde para armazenar armamentos, drogas, como também para guardar pessoas. A Polícia Federal só vai poder concluir isso daqui a algumas semanas”, acrescentou.

Segundo a PF, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária no âmbito da chamada Operação Sequaz, que busca desarticular a organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades.

As ações contaram com 120 policiais nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e São Paulo.

Com informações de agência Reuters