Esta elétrica pode se tornar player de dividendos e saltar 65%; veja a nova ação favorita do Itaú BBA no setor
O Itaú BBA elevou a recomendação da Serena (SRNA3) para outperfom (desempenho acima da média do mercado), mostra relatório de segunda-feira (13). O preço-alvo das ações da ex-Ômega também subiu para R$ 14,60, o que implica uma potencial alta de cerca de 65%.
“Após dois anos de transformação e com uma nova frente de negócios nos Estados Unidos, Serena emergiu como nossa principal escolha entre as geradoras de energia”, dizem Fillipe Andrade, Marcelo Sá, Luiza Candiota e Victor Cunha.
A atualização se baseia no valuation atrativo e na expectativa de rendimentos contratados elevados no futuro. “Vemos a Serena negociada a uma TIR real implícita de 14,5%, em comparação com 6,2% para os títulos do tesouro brasileiro, o que implica um grande prêmio”, avaliam.
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Os analistas dizem que, embora o equilíbrio energético estrutural no Brasil tenha sido um obstáculo para as geradoras de energia, a Serena segue como um “porto seguro”. “A companhia tem uma forte contratação para os próximos dez anos, com cerca de 93% da sua energia vendida a preços atrativos através de contratos de longo prazo”, afirmam.
A geradora é, inclusive, uma das menos suscetíveis às alterações nos preços da energia a longo prazo. “Cada R$ 10/MWh adicionado à nossa premissa de preço de energia de longo prazo (R$ 180/MWh) aumenta nosso preço-alvo para o estoque em aproximadamente R$ 0,6/ação (+4%)”, ressaltam.
Andrade e equipe ainda destacam que, nos últimos anos, após aplicar R$ 4,5 bilhões em novos ativos eólicos no Brasil e no Texas, a Serena deve ser uma das principais geradoras de caixa do setor. Dada a desalavancagem contratada, bem como a recente melhoria na liquidez, ela pode aumentar o payout e tornar-se um player de dividendos a partir de 2027.
“Esperamos que Serena termine 2024 com alavancagem ajustada de 4,5x, com o índice caindo posteriormente para 3,9x em 2025 e 3,2x em 2026”, reiteram.
Serena desembarca com sucesso nos EUA
Os analistas do BBA dizem que, quando a Serena anunciou que entraria no mercado eólico no Texas, os investidores se perguntaram se seria capaz de entregar lá fora a mesma disciplina de alocação de capital dentro do orçamento e do prazo que havia alcançado no Brasil.
A inicialização operacional do projeto Goodnight 1 apagou essas questões, pois a Serena não apenas entregou o ativo no prazo, mas também registrou economias de investimento e contratou um parceiro de capital fiscal premium, explicam.
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Em fevereiro de 2024, a companhia ainda recebeu US$ 185 milhões da Goldman Sachs como pagamento de capital fiscal, o que a permitiria quitar o empréstimo do Goodnight 1 e prolongar o prazo.
“Serena procura, agora, opções para rentabilizar ainda mais o seu ativo de sucursal nos EUA, seja através da venda de uma participação no ativo operacional ou por outra estrutura de capitalização”, ressaltam.
“Goodnight 1 é um ativo comercial e, com os recentes aumentos de preços observados no sistema eólico, prevemos que o ativo dará uma boa contribuição para os lucros de Serena já no segundo trimestre de 2024”, completam.