Ser Educacional: aquisição da Fael oferece riscos positivos para ação; BTG eleva preço-alvo
Movimentos de M&A (fusões e aquisições) transformacionais como o da Faculdade Educacional da Lapa (Fael) oferecem riscos positivos para a ação da Ser Educacional (SEER3), defendeu o BTG Pactual (BPAC11). O banco manteve a recomendação neutra do papel após o anúncio da aquisição de 100% da Sociedade Técnica Educacional da Lapa, mantenedora da Fael, mas elevou o preço-alvo estimado para o fim de 2022 de R$ 12 para R$ 19.
“Nossa leitura sobre a aquisição é positiva, uma vez que o ativo é estratégico e oferece sinergias”, comentaram os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, em relatório divulgado nesta segunda-feira.
O BTG destacou que as operações da Fael são complementares às da Ser em termos de presença regional (a maior parcela da base de alunos [67%] está localizada no Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e estrutura comercial (os hubs de EaD [ensino a distância] da Fael são quase que inteiramente atendidos por operadores terceirizados, enquanto a maior parte dos estudantes de EaD da Ser está matriculada nas próprias unidades da companhia).
No entanto, por mais que veja a aquisição como benéfica para a Ser, o banco acredita que as operações da Fael precisam passar por um turnaround, considerando que a margem Ebitda atual parece fraca em comparação à média do setor.
Sobre a aquisição
A Ser fechou a compra da Fael por um preço-base de R$ 280 milhões, sujeito a ajuste de capital de giro e dívida líquida do ativo adquirido.
A Ser poderá pagar outros R$ 17,5 milhões, dependendo do atingimento de algumas metas de desempenho pela empresa adquirida.
Com sede na cidade paranaense da Lapa, a Fael conta com cerca de 90 mil alunos. A faculdade fechou ano passado com receita líquida de R$ 155,5 milhões e Ebitda ajustado de R$ 20 milhões.