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Ser, Ânima, Cogna ou Yduqs: quem deve se sair bem no terceiro trimestre, segundo o BTG

05 nov 2020, 18:39 - atualizado em 05 nov 2020, 22:14
Educação
Salas vazias: coronavírus ainda deve pesar nos resultados das empresas do setor de educação (Imagem: Unsplash/@ruben18rodriguez)

O setor de educação, sem dúvida, é um dos mais afetados pelo coronavírus. Com as salas vazias e a alta inadimplência dos alunos, as empresas se viram em uma situação complicada.

Para se ter ideia do rombo, uma pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), realizada em julho, mostrou que 42% dos alunos podem abandonar faculdades privadas devido à crise causada pela Covid-19.

Diante disso, no terceiro trimestre, o BTG Pactual espera resultados mistos, com o segmento de educação superior pesando nos números.

Veja a seguir quem perde e quem ganha no terceiro trimestre:

Ânima: resultados sólidos

Os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim acreditam que os resultados da Ânima (ANIM3) serão mais sólidos que os seus pares, refletindo o ciclo de admissão e as aquisições da empresa.

A companhia matriculou 14,6 mil novos alunos de graduação, queda de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado, encerrando o trimestre com 119 milhões de alunos.

“Portanto, vemos o faturamento da Anima se elevando 16% no ano, para R$ 342 milhões e uma expansão de 15,5% no Ebitda, que mede o resultado operacional”, disseram.

A Ânima deve divulgar seus resultados na próxima segunda-feira (9).

Cogna deve ficar para trás

Já a Cogna (COGN3) deve fazer um caminho inverso da Ânima e apresentar números negativos, puxado pelo ciclo de captação fraco na Kroton e taxas mais baixas nas escolas do Sabre devido a pandemia do coronavírus.

Os analistas calculam uma queda de 18% na receita líquida, para R$ 1,23 bilhão. Já o Ebtida pode despencar 60%, atingido por margens mais baixas de pós-vendas.

A corretora vê um prejuízo de R$ 209 milhões no terceiro trimestre.

A Cogna deverá divulgar seus resultados no dia 13 de novembro.

A base de alunos da Ser Educacional (SEER3) deve sofrer uma queda de 4,5% no ano, calculam os analistas (Imagem: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Yduqs deverá apresentar resultados mistos

A dupla espera uma receita líquida de R$ 930 milhões para Yduqs (YDUQ3), alta de 13%, impulsionado pela Adtalem, que foi recentemente adquirida pela a empresa por R$ 1,92 bilhão.

“Com integração da Adtalem ,a eliminação do Fies, a alavancagem operacional negativa e os PDAs mais altos, prevemos que a margem Ebitda sofra uma contração relevante”, afirmam.

Os analistas preveem um lucro de R$ 127 milhões, queda de 35% em relação ao ano passado.

Yduqs divulgará seus resultados no dia 9 de novembro.

Ser terá resultados suaves

A base de alunos da Ser Educacional (SEER3) deve sofrer uma queda de 4,5% no ano, calculam os analistas. Além disso, a empresa deverá ter um ciclo de entrada desafiador.

O Ebitda somará R$ 60 milhões, queda de 12% no ano, principalmente devido à alavancagem operacional negativa.

“Finalmente, nós vemos um lucro de R$ 9,5 milhões, queda de 60%”, pontuaram.

A Ser divulgará seu balanço no dia 13 de novembro.