Destaques da Bolsa

Sequoia (SQLE3) dispara 15% com venda de ‘logtech’ e redução do prejuízo no 3T24

06 dez 2024, 13:26 - atualizado em 06 dez 2024, 18:41
Sequoia
As ações da Sequoia dispararam mais de 15% durante as primeiras horas do pregão com a venda de logtech e redução do prejuízo (Imagem: Reprodução/Sequoia Logística)

As ações da Sequoia Logística (SEQL3) chegaram a saltar mais de 15% nas primeiras horas do pregão e figuraram entre as maiores altas da B3. 

Negociados fora do Ibovespa, os papéis da companhia de logística subiram 15,41% (R$ 3,82) na máxima intradia.  SEQL3 perdeu o fôlego durante a sessão e terminaram com baixa de 2,42%, a R$ 3,23. Acompanhe o Tempo Real. 



O movimento de forte alta acontece após a notícia de que a Sequoia vendeu a sua empresa de tecnologia focada em logística (logtech) por R$ 31,5 milhões. O nome do comprador não foi divulgado. 

No negócio, o comprador desembolsou R$ 25,4 milhões em pagamento à vista. Os R$ 6,1 milhões restantes ficaram retidos para “potenciais contingências”. 

Esse montante será liberado em cinco anos, a partir de janeiro de 2026, em uma média anual que varia de 11% a 28% do valor total retido. 

Segundo a Sequoia, o valor da venda da logtech será usado como capital de giro da companhia, de acordo com o comunicado divulgado na última quinta-feira (5). 

Em 2023, a logtech registrou um prejuízo líquido no mesmo período foi de R$ 1,550 mil e receita líquida anual de R$ 14.269 mil. O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) foi negativo em R$ 74 mil no período.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Números do 3T24 

Um dia após a venda do segmento de tecnologia, a Sequoia divulgou o balanço do terceiro trimestre (3T24)— que ficou em segundo plano na reação dos investidores. 

A companhia de logística, em recuperação extrajudicial, reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 138,1 milhões entre julho e setembro, uma melhora de 8,3% na comparação com o mesmo período do ano passado — quando a empresa registrou prejuízo ajustado de R$ 150,5 milhões. 

A receita líquida normalizada da companhia subiu 98,2%, para R$ 250,1 milhões, com apoio da incorporação da Move3 no primeiro trimestre deste ano. 

Já o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado foi negativo em R$ 17,5 milhões, melhora de 65,5%. 

“A  Sequoia reafirma o seu compromisso em focar no controle do capital de giro, proteção do caixa e na rentabilidade de seus contratos”, afirmou a companhia no comunicado de resultados divulgado hoje (6). 

Desde 2023, a Sequoia está em processo de reestruturação do endividamento, com conversão de parte das dívidas em ações e que resultou na recuperação extrajudicial em outubro deste ano. 

A companhia também está em processo de transição no comando. O fundador da Sequoia e atual CEO, Armando Marchesan Neto, deixará o cargo em fevereiro de 2025 para assumir uma cadeira no conselho de administração. 

Para substituí-lo, o executivo Alexandre Rodrigues, que já é presidente interino desde outubro, assumirá o posto de comando oficialmente. 

“Após um pouco mais de um ano na reestruturação financeira da Sequoia e Transportadora Americana, estamos retomando o nível de atividades comerciais e percebendo uma clara evolução nos indicadores”, diz a companhia.

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.