Cuidado, Correios: Empresa que saltou 107% em um dia quer se tornar ‘FedEx brasileira’, diz presidente do conselho
A Sequoia (SEQL3) quer se tornar líder no mercado privado de encomendas expressas e soluções logísticas no Brasil ao incorporar o Grupo MOVE3, disse o presidente do conselho da companhia, Eric Fonseca, em entrevista ao Money Times.
“A fusão é uma ideia que surgiu há mais de um ano. As conversas surgiram porque faziam sentido para as duas partes. São empresas muito complementares que enxergam a possibilidade de crescerem mais e mais rápido juntas”, afirmou.
- Ainda vale a pena investir em renda fixa em 2024? Confira as recomendações da analista Lais Costa e, ainda, saiba como acessar indicações que pagam mais do que o Tesouro Direto. É só clicar aqui e assistir ao Giro do Mercado:
Segundo Fonseca, a nova companhia de entregas deve ficar atrás apenas dos Correios. “Estamos criando a FedEx brasileira”, enfatizou.
Analistas do mercado esperam que, caso a integração da Sequoia com o MOVE3 seja bem sucedida e ofereça preços competitivos, pode melhorar a logística das varejistas do país.
No pregão de terça-feira (2), após o anúncio da potencial combinação de negócios, as ações da Sequoia saltaram 107,89%, cotadas a R$ 0,79. Um dia depois, os papéis caíram 6,33% e, hoje, ampliam as quedas.
Sequoia: Fusão melhora o que já existe
O presidente do conselho da Sequoia afirmou que os ganhos da potencial fusão com a MOVE3 serão imediatos, com redução de galpões e automação. “Mais do que ampliar portfólios, a fusão melhora o que já existe”, disse.
Fonseca ressaltou que, após a incorporação, vão focar e disponibilizar aos clientes atuais o que cada companhia oferece de melhor.
“A Sequoia tem know how e uma reputação muito forte — um dos motivos para ter sobrevivido ao ano difícil que foi 2023 — além de muita experiência. A MOVE3 é líder no setor de logística bancária e tem expertise tecnológica que trará muita eficiência a Sequoia. Uma vai agregar à outra”, destacou.
Questionado sobre futuras fusões e aquisições, o presidente do conselho disse que o foco está em finalizar o processo com a MOVE3 e consolidar a nova companhia. “Será a maior privada no nicho de encomendas, a mais eficiente e com um balanço muito saudável”, afirmou.
A incorporação ocorre após a Sequoia fechar um acordo com credores para reestruturar sua dívida. A companhia tinha uma capitalização de mercado de R$ 133,7 milhões, de acordo com dados da LSEG.