Sequoia pode disparar 137% com a ajuda de clientes do varejo asiático, diz BTG
A ação da Sequoia (SEQL3) pode disparar 137,5% em meio ao aumento da relevância das varejistas do sudeste asiático no e-commerce brasileiro, as quais estão tornando-se os maiores clientes da transportadora.
A informação foi divulgada pelo BTG Pactual em relatório enviado aos clientes e obtido pelo Money Times nesta quarta-feira (29). Os analistas observaram algumas diferenças entre as companhias asiáticas e as ocidentais.
“Vemos maiores volumes diários, com a take rate das empresas asiáticas menores, tíquetes médios menores, pois se concentram em produtos menores e mais baratos, além de ciclos de entrega mais longos visando manter os custos de frete sob controle”, disseram Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Bruno Lima e Marcel Zambello ao assinar o relatório do BTG.
Apesar do setor possuir tickets médios e mais baixos, os especialistas perceberam que as margens são semelhantes, o que é positivo para Sequioa, tendo em vista que ela espera margens mais fortes para os próximos trimestres.
“Espera-se que a margem Ebitda melhore cerca de 10% com sinergias maiores do que o esperado de recentes fusões e aquisições, compensando parcialmente o aumento nos custos de insumos (principalmente combustível e aluguel)”, comentaram Marquiori, Recchia, Lima e Zambello.
Além disso, os especialistas destacaram que o setor de e-commerce continua crescendo no país, embora seja em um ritmo menor na comparação com 2020.
Eles atrelaram essa melhora no setor devido à retomada da economia, avanço da vacinação e interrupções nas cadeias de abastecimento globais.
Os analistas observaram também que os preparativos da Black Friday começaram no mês passado com a contratação de voluntários para aumentar a capacidade da empresa, visto que a aceleração de volumes deve começar na próxima semana.
“Os volumes atuais já ultrapassaram o pico registrado em 2020, quando os pedidos estavam concentrados principalmente na última semana de novembro, já que a Sequoia teve pouco tempo para ajustar a capacidade diante do cenário caótico da Covid-19”, concluíram.
Sendo assim, o banco recomendou compra para o papel com preço-alvo de R$ 38, alta de 137,5% em relação ao fechamento desta última terça-feira (28).