Mercados

Sentiu o baque: medo de recessão volta e petróleo é negociado com o mesmo preço de seis meses atrás

15 ago 2022, 17:00 - atualizado em 15 ago 2022, 17:00
Petróleo
(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O petróleo tenta recuperar parcialmente as perdas vistas desde o início do pregão, quando dados fracos sobre a economia chinesa voltaram a assombrar a perspectiva de recuperação da demanda.

A retração da atividade industrial e do varejo chinês em julho levou Pequim a anunciar um corte inesperado em algumas de suas taxas de juros.  A medida visa reaquecer uma economia com dificuldades para reencontrar o ritmo de antes.

Além da preocupação com os dados chineses, os negócios com o petróleo também são impactados pela possibilidade de mais produção vinda do Irã.

O país persa deve contatar os intermediadores da União Europeia (UE), informando se aceita ou rejeita os termos do novo acordo nuclear. O arranjo pode injetar nova oferta no mercado, à medida que suspende sanções sobre o setor energético, afetando os preços de petróleo no médio prazo.

Contudo, a maior surpresa para um mercado já desnorteado veio mesmo depois da fala do CEO da Aramco, maior empresa de energia do mundo. Segundo Assin Nasser, a companhia está pronta para acrescentar mais 12 milhões de barris por dia à produção atual, em caso de qualquer necessidade.

Por volta das 16h45, as referências de preço WTI (americana) e Brent (global) têm quedas de mais de 3%, cada.  O terreno cedido faz  com que o petróleo volte a ser negociado com os mesmos preços de seis meses atrás.

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Projeção de China mais fraca faz petroleiras caírem

As ações das empresas petrolíferas internacionais permaneceram no vermelho, repercutindo a brusca queda do preço da commodity.

Após o fechamento do mercado em Londres, as britânicas BP (BP) e Shell (SHEL)  recuaram  1,17% e 1,49%, nessa ordem. Em Nova York, ExxonMobil (XOM)e Chevron (CVX) perdem, respectivamente, 2,02% e 1,99%.

Já a Petrobras (PETR4) opera em alta de 0,24%, na contramão.

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