Senadores destacam atuação do Congresso Nacional e mostram esperança com vacina
A última sessão do Congresso Nacional de 2020, nesta semana — e última presidida por Davi Alcolumbre — foi marcada por discursos em apoio ao enfrentamento da Covid-19 e manifestações de esperança com a possibilidade de ampla vacinação dos brasileiros.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) avaliou 2020 como um ano muito difícil, porém marcado pelas medidas tomadas pela Câmara e pelo Senado para manter suas atividades durante a pandemia e dar uma resposta ao povo. Ele elogiou o Congresso pela aprovação de projetos de socorro a estados e municípios.
— Em vários momentos, vimos covas serem abertas nos cemitérios das cidades brasileiras, corpos serem amontoados, sem que tivéssemos uma luz no fim do túnel. Mas isso não nos abateu no Congresso Nacional; nos fez trabalhar e inovar — disse.
Eduardo Braga cumprimentou o presidente Jair Bolsonaro pela assinatura de medida provisória que destina R$ 20 bilhões para compra da “vacina da esperança” contra a Covid-19.
— A vacina não tem cor, não tem ideologia. Precisa ser aprovada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para representar a esperança, a vida e a prosperidade de volta ao nosso povo, à nossa gente e ao mundo inteiro — disse, ressalvando que a vacina deverá estar disponível a quem quiser tomá-la.
A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) também saudou a medida provisória, que atribuiu à pressão do Congresso no enfrentamento da doença.
— Estavam todos os líderes brigando para que reconhecessem que o direito à vida é uma bandeira que jamais pode ser deixada de lado — lembrou.
No mesmo sentido, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) apoiou a MP e atacou o movimento antivacinação, ao qual atribuiu a queda nos índices de imunização para algumas doenças. Para ele, não se pode perder o foco no cidadão.
A senadora Zenaide Maia (PROS-RN), em seu balanço das realizações do Legislativo em 2020, disse que no próximo ano não “podemos baixar a guarda” na cobrança da vacina para todos, mas alertou para a crise econômica e cobrou ação do Estado para geração de emprego e renda.
— Em toda a história de crises econômicas em todos os países do mundo, se o Estado não incentivou, não se sai. O maior investidor de qualquer nação é o Estado — ressaltou.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) se disse preocupado com o aumento de casos de covid-19, que pode indicar perda de controle sobre a disseminação do vírus, e defendeu a aprovação rápida da prorrogação do estado de emergência por 180 dias.
— A partir de 1º de janeiro não teremos mais auxílio [emergencial] à população, não teremos mais auxílio aos estados e municípios, e viveremos uma situação que vai pesar sobre todos os brasileiros — observou.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) manifestou confiança na capacidae do Brasil de vacinar sua população contra a covid-19. Ele avaliou que o país tem um plano de imunização como nenhum outro país tem, com logística apoiada pelas Forças Armadas e compra centralizada de vacinas. Já a senadora Leila Barros (PSB-DF), que pediu atenção e cobrança do Legislativo por uma resposta do governo na forma de uma vacina, declarou que as dificuldades decorrentes da pandemia aumentaram a união e a empatia entre os parlamentares.
O sendor Wellington Fagundes (PL-MT) citou a importância da aprovação do projeto que autoriza contratação de pessoal pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e por cinco universidades: para ele, a medida reforçará o setor de saúde sobrecarregado em tempos de pandemia.
— O Brasil precisa estar preparado neste momento em que todos esperam a vacinação — alertou.
Ao fim da sessão, Davi Alcolumbre cumprimentou a todos os congressistas:
— Estamos chegando ao fim do ano legislativo. Mais um ano de muito trabalho, de muito esforço, de muita luta, de muita vontade de fazer — concluiu.