Senador republicano Tim Scott anuncia candidatura à Presidência dos EUA em 2024
O senador republicano Tim Scott entrou na disputa presidencial para as eleições de 2024, de acordo com um documento enviado ao regulador eleitoral dos Estados Unidos nesta sexta-feira, no que equivale a uma tentativa remota de que uma mensagem de unidade e otimismo ainda possa atrair um partido onde muitos eleitores estão faminto por brigas.
O filho pobre de uma mãe solteira e o único republicano negro no Senado norte-americano, Scott frequentemente aponta para sua história pessoal como prova de que os EUA continuam sendo uma terra promissora.
Na campanha, sua disposição otimista apresenta um grande contraste com outros candidatos declarados e potenciais, incluindo o ex-presidente Donald Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis, que retratam os EUA como um país em declínio que precisa ser resgatado de uma elite esquerdista corrupta.
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Como um conservador negro, Scott é uma raridade em um país onde a política é fortemente dividida em linhas raciais. Cerca de 92% dos eleitores negros apoiaram o democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020, enquanto 55% dos eleitores brancos apoiaram Trump.
Scott costumava criticar Trump quando ele era presidente por fazer comentários racialmente insensíveis e bloqueou vários de seus indicados judiciais por esse motivo também. Ao mesmo tempo, o senador da Carolina do Sul acusou os democratas de explorar as tensões raciais para ganhos partidários.
Scott entra na disputa com um desafio pela frente.
Apenas cerca de 2% dos republicanos planejam votar nele nas primárias, de acordo com as médias das pesquisas, e o reconhecimento nacional de seu nome permanece baixo. Mais da metade dos republicanos planeja votar em Trump e cerca de um quinto é a favor de DeSantis, que deve entrar na disputa nos próximos dias.
Ainda assim, as chances de Scott podem ser maiores do que parecem no papel.
Ele é bem conhecido e querido em seu Estado natal, a Carolina do Sul, que desempenha um papel crucial na disputa pela indicação republicana, pois é o terceiro Estado a votar. Scott também tem um forte relacionamento com doadores.
Sua entrada na disputa o coloca em confronto direto com Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, que lançou sua campanha em fevereiro.