Política

Senado pode votar 1º turno da reforma da Previdência na próxima semana

04 set 2019, 21:02 - atualizado em 04 set 2019, 21:02
Alcolumbre afirmou ainda que há um sentimento de “unanimidade” em torno da PEC paralela, que poderá ter um andamento “muito mais célere” na Casa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobell)i

O Senado pode votar a PEC principal da reforma da Previdência já na próxima semana, afirmou o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também garantiu celeridade na tramitação da chamada PEC paralela.

O presidente afirmou que conversará com senadores para possibilitar a votação da reforma na próxima semana, e garantiu que mesmo que isso não ocorra o calendário de tê-la aprovada em dois turno até o dia 10 de outubro está mantido.

“Vamos fazer uma reunião ainda agora para, dentro do prazo regimental, se for possível, a gente colocar na semana que vem em primeiro turno a votação dessa matéria, agente vai tentar votar na quarta-feira da semana que vem”, disse Alcolumbre a jornalistas após votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta tarde que aprovou a PEC principal e chancelou a ideia de criar a proposta paralela.

“Nosso prazo, ele continua sendo ainda o que a gente estabeleceu do acordo”, disse. “Que é até dia 10 de outubro votarmos a emenda constitucional número 6 (PEC principal da reforma)“, afirmou.

Alcolumbre afirmou ainda que há um sentimento de “unanimidade” em torno da PEC paralela, que poderá ter um andamento “muito mais célere” na Casa.

O relator da reforma da Previdência, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmou ainda que pretende apresentar seu parecer à PEC paralela o mais rápido possível. A PEC paralela será formalmente criada e seguirá à CCJ para que Tasso possa emitir um relatório.

“Aqui na CCJ, estando nas minhas mãos todas as sugestões, espero em 48 horas apresentar o relatório”, disse a jornalistas.

Nos cálculos da presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), pode haver um pequeno intervalo entre a votação da PEC principal e a paralela.

“A PEC principal segue o cronograma de votação, a princípios, até o dia 10 de outubro”, avaliou a senadora. “A PEC paralela pode ficar uma semana, 15 dias para trás.”

O texto principal trata das novas regras previdenciárias sem alterar a essência do texto aprovado pela Câmara dos Deputados.

O relator suprimiu trechos do texto –como os dispositivos que tratam de benefícios assistenciais, critérios para a aposentadoria especial e trecho que permitiria pensão por morte abaixo do salário mínimo–, mas regimentalmente essas exclusões não obrigam a medida a uma segunda análise por parte dos deputados.

As outras mudanças desejadas pelos senadores, que alterariam o texto da PEC e a forçariam a voltar para a Câmara dos Deputados, atrasando sua tramitação, foram reunidas na chamada PEC Paralela, destacada da proposta principal.

Essa proposta alternativa irá incorporar temas como a possibilidade de Estados e municípios incorporarem as novas regras previdenciárias e a previsão de receitas para compensar as supressões promovidas pelo relator na PEC principal. Tasso sugere, por exemplo, a cobrança gradual de contribuição previdenciária de entidades filantrópicas –excluídas as santas casas e assistenciais– e do agronegócio exportador.

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